sábado, abril 23, 2005

pai...

Abismo

Sei que não tenho mais fundo onde bater
Mergulhei nesse abismo e gritei
As palavras mordidas que enguli na descida vertiginosa
A essa fossa mariana perdida nos corais do tempo
Mas pressinto dessa descida perigosa
Neste ecoar profundo
Por entre peixes e microorganismos
Que não há mais fundo para além do fundo.

Júlio Mira

Sem comentários: