sexta-feira, março 24, 2006

Quando julgava ter batido no fundo.

Estas últimas semanas têm sido uma merda. Vejamos:

1- O meu computador está morto.

2- O meu trabalho mudou de sítio. (1000 metros)

3- A minha paciência japonesa demitiu-se.

4- O concurso não correu nada bem. (35º lugar em 58)

5- Falhei o dia do Pai.

6- Mandaram-me para o Tibete aprender a escrever (como os Monges).

7- Falhei a entrega do concurso para o conto infantil da Trofa.

8- Não vou dizer, mas ainda mói.

terça-feira, março 14, 2006

Uma lente por cinquenta euros

O meu computador avariou-se.
Decidiu ganhar vida própria e calou-se. Não mexia um byte o "coitado".
E eu, decidido a não ser levado, uma vez mais, por esses técnicos de informática que se formaram nas lides domésticas a limpar pó e pouco mais, desmontei-o todo. Mexi e Remexi naqueles encaixes da placa mãe, memórias e parentes. Coloquei e retirei as ligações vezes sem conta com o intuito de pôr aquela geringonça em estado operacional. Utilizei os truques mais baixos que se pode fazer a uma máquina e nada! Garanto-vos que fui bem perverso!! Parece que os meus conhecimentos sobre tortura computacional não me estavam a socorrer deste imprevisto.
Por breves instantes consegui uma ligação, mas parece que a reanimação feita por mim não estava a ter resultados gloriosos. Fosse o computador o Liverpool...
Mas não. Nem essa boa energia de uma vitória à antiga me devolveu sabedoria para concertar o insofrido.
Fiz então o que tinha determinado ser a última coisa a pensar: ir a um especialista...
Especialista esse que me pediu cinquenta euros só para perceber o que aquilo tinha!!
Há aqui qualquer coisa que não bate certo. Estes tipos andam loucos!?
Peguei naquela M**** e vim embora! Meta os cinquenta euros no **zinho!

Por cinquenta euros comprei uma lente semi-usada em óptimo estado que me salvou o pêlo de ouvir das boas. (num sítio genial com um personagem daqueles dos antigos por detrás do balcão)
Mas essa é uma outra história...

p.s.: Afinal o computador anda de boa saúde. Facto que o comprova é que já ando por aqui de novo.eh EH

terça-feira, março 07, 2006

Clyfford still

Sobre as coisas que pouco entendemos ou mesmo sobre as que achamos que sabemos...
Admirar um quadro numa sala por onde passam milhares por dia como uma procissão.
A minha abstracção só tinha paralelo na pintura que via atentamente; À frente. Depois percebi que dessa proximidade afinal eu não estava abstraído, desfocado ou longe. Eu nunca estive tão próximo da tela e nem por isso me encontrava com o nariz em cima dela! E os ruídos, esses, desvaneceram...
Espaço. Tudo uma questão de diálogo, para mim a distância era aquela. Esqueçam passos contados. Sabendo mais ou não; Tendo uma propensão e assimilação artística ou nenhuma. Sensibilidade académica ou outra qualquer; Que se constrói ou que apenas se intui.
Como alguém me disse um dia: Faz clic ou não! ponto.

clyfford still na tate modern art

segunda-feira, março 06, 2006

And the oscar goes to...

Best suporting actor- George Clooney- in syriana

Best visual effects- Joe letteri e mais três tipos- in King Kong

Best Animated feature- Dois tipo ingleses -in Wallace and gromit: the curse of the were-rabbit

Best live action short- Martin Macdonagh- in six shooter

Best Animated short Film- John Canemaker-The moon and the son: ...

Best Costume Design- Coleen Atwood- Memoirs of a Geisha

Best Makeup- Howard Berger and Tami lane -Chronicle of narnia...blá blá blá

Best suporting actress- Rachel Weiz- in The Costant Gardener

ZzzzZZzzz
ZZZzzzzZZRRrrrr
ZZZzZZZzzzzZZ
ZzzzZZz

Há quem consiga ver esta treta até ao fim...
Espertos são os que dizem que não podem ir e mandam uma cassete!!AHAH
SUCKERS!!

sexta-feira, março 03, 2006

Majora

Quem se lembra da Majora?!
Descobri no outro dia o site da majora para então relembrar alguns dos jogos que jogava na escola:

O primeiro jogo da majora criado por mário josé de oliveira chamava-se "pontapé ao goal!"
Joguei bastante este jogo que simulava o jogo de futebol num tabuleiro com dados e peões multi-coloridos.
Resta-me pensar que afinal sabíamos brincar, éramos imaginativos, e que o povo português é muito criativo, claro que agora usamo-la como processo de "desenrascanso".

frases típicas:

"Não vivemos bem mas também não morremos"!!
E assim "lá se vai indo..."
"isto está difícil, está está"

como diz qualquer pobre e cansado trabalhador, reformado e pré-(dizem-eles)-inutilizado.
mas eram esses que sabiam brincar que inventavam os seus brinquedos. Agora há o tois ar as (toys-are-us) as Fenaques (Fnac´s) e a gasolina a disparar no custo do produto final...e nós a pagar!PáS! Quantos aéreos por um café?? - é só setenta centímetros... (cento e quarenta paus que eu saiba) . -ah tome lá. (e assim lá se vai o mísero ordenado no final do mês mais depressa)
E depois : -A culpa é do Sócras e lá vamos todos roubar mais um bocadinho ao próximo, ao Estado, para pagar as contas lá de casa...ou então dos miseráveis que pagam carritos com três litros...e 200 e tal cavalos, e o burro sempre a pé!!

www.majora.pt

Relembro também o jogo de piratas de 1984 "Abordagem" da Majora, criado por Franquelim Ferreira, que me trouxe boas tardes de convívio também da majora mas retirado do cátalogo. Mas a ver em http://www.boardgamegeek.com/game/18090

Jogos de tabuleiro e outras macadas

Já lá vai a boa década de 80´ onde as tardes eram passadas com os ditos jogos de sociedade, monopólios e derivados que nos consumiam por horas a fio.
Sendo o mais novo do gang-quase-pé-de-chinelo os jogos eram sempre muito divertidos; aquilo era um convívio muito "à frente"! Tudo tinha mais 4 a 6 anos do que eu...Era uma grande vantagem!!
Hotel aqui, casa acolá e voilá! começava-se a tentar levar os outros à falência. Tudo valia, eu era derrotado exactamente pela minha boa disposição...não parava de rir!
Lembro-me também que quem ficava na banca nunca andava mal na "vida" ou de finanças!
Pequenos e birrentos mas espertalhões, claro!
A estes jogos juntavam-se os meros jogos de palavras que faziamos pela janela da cozinha.
Eu e a minha irmã numa, e os outros espalhados pela fachada do prédio. Era o mesmo edifício!
Muito pintalgado, era brilhante!
Cada um dizia a sua. Tínhamos um jogo de sequência de palavras em que tinha de haver uma ligação entre elas, mas nunca poderia ser repetida! Quem o fizesse era excluído. Isto noites a fio sem descanso!
Passámos a fase pictonary com as famosas renas!! lindo! passámos a fase d Trivial Pursuit e com ela o: "pfft perfeitamente" e estava certo!
Também era hábito assistir ao Festival da Eurovisão da Canção quando Portugal participava ( ora isso foi em 1900 e ai-espera-lá-que-já-me-esqueci) e quando os países cantavam na sua lingua mãe!! Ah pois é! Não aquela treta do cantar em Inglês para que percebam que nós nunca soubemos fazer letras de jeito(bem pirosas as nossas graças à rosa lobato faria)! Até acho que o Português tem uma boa sonoridade mas que é quase sempre mal aproveitada, com raras excepções mesmo no Festival Eurovisão da Canção.
De resto andávamos sempre ao contrário. Quando era uma música paradinha lá ganhava uma música acelerada! Sempre assim...
Claro que nessa altura havia quem decorasse as letras dos países mais absurdos e as cantasse pelo resto do ano... Tudo no meu prédio claro. Divertido mas depois muito irritante!!!
Claro que não posso deixar escapar incólume os aniversários cá da malta!
A paródia era total, e eu, claro, adorava porque todos continuavam mais velhos os mesmos 5 ou 6 anos e eu sem parar de rir!!
As grandes noites de Verão eram acompanhadas pelos Jogos sem fronteiras com o inigualável eládio clímaco e com a cidade da Amadora a ganhar sempre que participava. Sempre! e nós a torcer! O fantástico jogo do ganso que nós repetíamos em jogo!!
Os Karaokes que fazíamos, o jogo do :acrescentar um frase e depois trocava-se a ordem e lia-se tudo no final!! Dava uma trapalhada tremenda mas ea muito engraçado!
Os aniversários carregam um dos grandes mitos deste prédio: o grande "ranhoca"!
Ora aí está! O "ranhoca" não era mais do que um elemento comestível azarado. Passo a explicar.
Quem já organizou uma festa de anos sabe o quão difícil é gerir uma mesa para crianças!
Tudo tem de estar a preceito. As bebidas, onde se inclui a coca-cola, laranjada (sempre odiei este nome mas os adultos bebem sumo de laranja e os putos laranjada, mas no fundo é a mesma MERDA!porque é que fazem distinção!!??!?) a seven-up (zupi para alguns, esta eu não vou explicar) água (directamente do cano mais próximo) e outras porcarias!!No que toca à comida lá marcavam presença os bolos sortidos, os pães-de-leite com queijo, fiambre ou mistos. os croquetes ( ou cócretes como diz a magda-"Máguida"! no sai de baixo) as empadas de galinha, a gelatina,as batatas fritas, as mousses, etc...e claro: o bolo de anos!É aqui que entra o conceito do "ranhoca". nestas andanças todas do vai para a frente e para trás e : ai os putos que estão aí a chegar!, lá ía parar um destes coitados ao chão! e pimba: um ranhoca! Houve um ano que uma das nossas perversas mentes pensou em recolocar um pão-de-leite-quase-espezinhado-mas-que-andou-a-rastejar-pelo-chão directamente em cima da mesa entre os demais. Tudo muito "cozinha portuguesa", ou seja, nada se feita fora tudo se aproveita! O nosso país também já não andava bem, o que diminui o fardo da nossa consciência...
Claro que o engraçadinho/a sabia muito bem onde tinha recolocado o agora "ranhoca" e a grande piada era ver quem é que o caçava!!llolololloll
Ranhoca forever!!
Resta dizer que por um dos aniversários fui um dos "felizes contemplados" mas houve vingança logo a seguir... Sobrevivi!!
Não me posso esquecer das imitações, das ocupações indevidas dos patins das escadas para os jogos que inventávamos, dos nomes que eram dados ás nossas mães que elas nem sonham!!
O corte e costura era terrível!! Na televisão era imperdível um "agora escolha" com a Vera roquette e nós a tentar ligar e aquela treta sempre impedida!!
Nas férias elas viam o dirty dancing mil vezes e eu "os loucos do skate"(trashin´) e os Salteadores da arca perdida (Raiders of the Lost Ark) 500 000 vezes!!!
Hoje encontramo-nos muito dispersos, o prédio mantém-se, mas claro que é tudo diferente (só podia!).
Alguns de nós mantemo-nos zangados com histórias mais que antigas, mas por resolver, que não têm interesse nenhum!Casmurrices!!