quarta-feira, junho 29, 2005

aceno

acabamos conversas em reticências
acabámos sem começar
recomeçamos sem pensar
eu
daqui
aceno-te
digo-te adeus com ponto final parágrafo.
sem presença
sem cenário

decisão

neste deserto de água
semimorto
absorto
olho adiante
não vejo fuga
atalho
fenda
ou ferida
que deixem as esperanças do deslumbramento
que me deixem sem par
para que deixe a tua beleza sem-par
ímpar
par
ou
ímpar
à sorte
olhos cerrados
decidi
e mergulhei.

Falha

no meu espaçado espaço
que deixo de ocupar
insiro pensamento
imatérico.
tu
na tua renitência
tiras-me
Selvaticamente
zéfiro
que trago
no bolso
que entoas
não existir
em voz
volúpia zero

segunda-feira, junho 27, 2005

menino

Naquele quarto,
onde o menino
partilhava a chuva
que amolecia
como papel
os sonhos
de criança,
desfazia-se a inocência

falas-me em silêncio

no barulho dos teus desejos
objectivos ruidosos
falas-me
por falar
falas sem saber
sem querer
falas-me palavras sem eco
palavras que destoam
sem tom
sem ti
o que mais me dói
é que te oiço em silêncio.

sem título

Quebrara-se o tempo, placa fina de gelo.Os gestos aperfeiçoaram-se indolentes, o olhar mais demorado. A indiferença iniciara-se talvez há séculos:
ela ia pelo mundo, tocava-o. A realidade, um corpo, uma coisa funcional.

Numa espécie e sonolência caminhava.perdia-se.Um fio doirado encontrava-a viajante de imaginação no bolso.Límpido cristal invisível.

Isabel de sá

quarta-feira, junho 22, 2005

repensar a diferença

Diferença da diferença.
diferença da linguagem do lugar
a tua linguagem.
linguagem=Recrutamento de ideias avulso ao longo das experiências absorvidas
boas e más experiências constróiem-te
constróiem-me
indiferença do apenas invulgar
excelência da excepção do sublime
beleza da subquestão diferença
Problemática do apenas ser mais um diferente.
problemática de ser igual.
Experimentação constrói diferença
autenticidade
torna a ideia numa entidade resistente e fléxivel capaz de admitir sucessos e recúos.
expressão.
identidade própria
saber filtrar o ouvido.
saber transmitir a informção retida
diferentes por sermos diferentes.
admitir o óbvio como parte de um processo de vida curta.
beleza do impulso gerador
do que transforma ideia em corpo
corpo q tem corpo
diferença que tem diferença
mecanismo
transformação inerente
presente
questionar
lembrar
memória
memórias que nos ajudam a reflectir, ponderar.
acessos
percursos estendidos.
recuados
finitos
tempo espaço
o físico
e o outro
dimensão sensorial
que nos resolve
como desenvolvimento primeiro, o imeditato
não se acham soluções
levantam-se problemas primeiros
o arquitecto resolve-os
é esse o seu âmbito
dá o mote para, também a sua parte, questionar afirmações tangenciais

segunda-feira, junho 20, 2005

Triste

Calo-me de tristeza.

domingo, junho 19, 2005

sábado, junho 18, 2005

Tokyo

na noite de luzes resplandescentes
descobri que tu eras Tokyo e eu Nova York.

instante

momento
reservado
único
que não veremos mais
nunca
dissolvido
no tempo
engolido por memórias mestres
que nos ensinam
a olhar adiante
por debaixo da porta
onde a luz sossega a criança do lado

Festa...

em tempos de festa
algazarra
alcool que propaga
o contentamento
transmitido
pela vontade
não estar só.
sós
assim
dialogamos
palavras estranhas
entranhas
que te fazem acolher
sem saber
perceber
porquê
abrir o mundo
em dois
duas partes
iguais
numa retina gasta
usada
cansada
ladeada por vidas sem rumo

sexta-feira, junho 17, 2005

Sopro...

senti
um
arrepio
que me devolveu
em memórias estranhas
o teu cheiro sabor a canela
e ela
sopra
continua
em suaves toques
lábios
que quase se tocam
para deixar
passar
o ar
subtil
que me ofereces

composição...

sentei-me para compôr
e nada
não havia música
não tinha
só posso escrever
assentar
os fragmentos
bocados
extractos
que montam
em mil peças
essas
que não sei tocar
tocar-te
ali
e
aqui
ao de leve
ao longe
distas
de mim
em tom de partida
e eu
aqui
enfim...

música sem palavras...

na música
que oiço
para escrever
entrar
em transe
faço a letra
escrevo-a
toda
palavra
a
palavra
ao tom
que soa
soa-me
a belo
e vejo-te
ali
a ti
distante
a dançar para mim

quinta-feira, junho 16, 2005

pensar+sentir=?

pensar
sentir
compatíveis?

bailas?

bailado no teatro camões no parque das nações.

sOpro. Rui Lopes Graça

"Lugar de viagem entre o presente e o passado" diz o autor.

memórias individuais,

memórias dão o mote, o passado a nu dos protagonistas. Morte, perda, dúvida...

não parece mal...nada mal. Um bom programa para um sábado à noite...

Quem augusto?

Quem?

Ricardo SerrA!

Quem?

Richard SERRA!!!

AH bom...QUEM?

RRRrrrr

experimentalismo...

é a arma do século XXI...
sem dúvida muito poderosa.
é preciso experimentar muito.
Experimentar!!!!!
é preciso!
tudo nasce da experiência.
nada é genialmente livre.
tudo é trabalho, uns mais do que outros...
sem fórmula...
porque mesmo experimentando pode nunca chegar-se lá...

nomes...

Augusta

gabriela (gabri) bom nome para ficção...

luísa (uhm não sei não)

Inês (eu mesmo se fosse rapariga teria sido inês)

Matilde ( a minha sobrinha)

etc...

Júlio ( o meu pai)

Pedro

Tiago

Lopo (estranho não é?)

etc...

bolas mas porque raio lembrei-me de nomes?
nem deu para pensar muito!!

quarta-feira, junho 15, 2005

Garden sTate...

Sim finalmente chegou a DVD!!
hiihi
Garden State é um belíssimo filme.
vejam.

digam lá depois que eu não avisei?ã?


cya later alligator!
(see you later aligattor)

Cenário de papel

na noite em que jantámos
juntos
na mesma mesa.
fitámos olhares
cruzámos os braços
de negação.
O tempo
esse
foi passando
e as conversas
com os outros
faziam de cenário
ao nosso diálogo...

Não sei o porquê...

Se há algum desejo que me aguce por uma máquina, esse desejo teria que passar por este carro:

porsche 356 roadster

o carro com mais charme de sempre...aliás : o único!

Músicas de filme?

Platoon : Theme Platoon-Samuel Barber Adagio for strings
Dead Man Walking: Dead man walking-Eddie Vedder
Piano: Piano Michael Nyman
Good bye Lenin: summer 78 yann tiersen
Twin Peaks: ok é uma série mas poderia ter sido um filme tal como o Mulholland dr
Lost in Translation: Sometimes -Kevin Shields
Lost in Translation: Too young -Phoenix
Lost in Translation: on the subway - Brian reitzell
Lost in Translation: Alone in Kyoto
Top Gun: take my breath away (ok nada de risos!é verdade.já viram melhor que a Kelly McGillis, a fugir de um tipo, num porsche 356 roadster?)
o yann tiersen é fabuloso...assim como o tipo que trabalha com o david lynch e John Williams que fez vários do spielberg.

as músicas do Lord of the Rings passam-me ao lado...

qualquer uma desta é excelente com principal destaque para a primeira.

Working post...(Zink ZinK!)

terça-feira, junho 14, 2005

Sem título

Por entre linhas de silêncio abatem-se as sombras
Sobre esta cidade de afectos abandonados(...)

Júlio Mira

escrever?

sem som? silêncio, tempo percorrido lento. nós.
música?viajamos, soltamo-nos, sem amarras sou eu tu ela, sou toda a gente.

reflexão ou deslumbramento da liberdade?(INACABADO PQ A MÙSICA PAROU!)confuso está sempre...EHEH fica para mais tarde..

tempo,
T
E
M
P
O
a palavra mais falada
escrita
pensada
pelos outros
por todos
por mim
todos vivemos à espera que o tempo um dia pare.Pare simplesmente.
todos pensámos já um dia que fomos os escolhidos, os únicos imunes ao tempo como li há pouco tempo num artigo perdido de suplemento de jornal.
achámos todos que fomos aquele que saberia a verdade do tempo.a razão que nos leva a percorrê-lo, a dominá-lo e depois esquecer tudo num longo infinito imperdoável.inevitável.
Nesse medo que nos persegue amiúde em pequenos vazios nocturnos achamos que nada há a temer. apenas a verdade fluturá. as boas coisas tornar-se-ão étereas, e nessa beleza veremos escuro como pez as memórias soltas onde nem Edgar Poe as controla.ninguém.Elas surgem como
entidade escaramuça corroído 12#!"$!"$!$"%$%#$#/&(&%8568

Acho que a razão do tempo não é medida pelo relógio ou qualquer outra tese científica.
o tempo não é regular como dizem.
no outro dia fica parado a olhar para mim
a pensar.
quanto terá durado?
não sei.
mas a lentidão do pensamento é fascinante.
parece que estamos numa outra dimensão.
para depois de repente.
surgirmos de novo à velocidade normal. acelera
voltámos.
e quando estamos numa exposição?
a lentidão com que deambulamos no espaço, bailamos até...com os quadros ou esculturas estranhas, instalações que nos limitam ou projectam.experimentação. E isso tem tempo?
tem o seu tempo sim. De repente o relógio é outro, de outra galáxia ou universo.
No mundo onde não temos tempo vivemos apressados
espicaçados
mal tratados
escravatizados
no tempo
sem tempo
sem nada

Música de filme...

é pena quase não poder ficar
és quente quando a luz te trás
quase te vi. amor...
quase nasci sem ti
quase morri
Dentro de mim

estás dentro de mim
por dentro de mim
ficas dentro e mim

Silêncio. Lua. casa.chão
és sítio onde as mãos se dão
quase larguei a dor
quase perdi...
quase morri...
dentro de mim...

estás dentro de mim
por dentro de mim
ficas dentro de mim

sempre sou mais um homem
mais humano
mais um fraco
sempre sou mais um braço
mais um corpo
mais um grito...sempre...
dança em mim
mundo. vida é fim!
dorme aqui...dentro de mim.

é pena quase não poder ficar...
no sítio onde as mãos se dão
quase fugi. Amor
quase não vi...

vamos embora daqui
para dentro de mim...

tiago bettencourt

Erro?

naA!!claro que não!Alfama pode ter ganho as marchas mas a Bica ganhou na festança que proporcionou...ah pois é!

hasta la pasta

Para a destruição da dor

não há lugar
sufoco-me
sossobro
sobre
o

esgoto o recomeço da memória

levanto a luz
do modo de ser outro

e
nada
mais
me prende

aonde
fico
retraído

destruição da dor
espaço vazio
a cabeça do tempo

pedra moída na nave dos teus beijos
mãos sobre o incerto
tumulto agora seixos

mais pequeno
e
mais fundo

limiar

e nada mais nos diz
se somos dor ou mar



ernesto m. e castro

segunda-feira, junho 13, 2005

sugestão cinematográfica número cinco...

Vi finalmente o "finding neverland".
Sem ser brilhante é um filme que me pareceu muito focado.
Muito bem estruturado.
sem grandes surpresas.
a história já se conhecia.
mas o modo de fazer o limite da realidade e princípio do sonho é fabuloso.
muito interessante.
Dá que pensar um pouco na necessidade de sabermos sonhar.Todos, como elas, as crianças.

Bica.

aH pois só podia!! uns verdadeiros campeões!!

Força rapaziada.

Saudoso...

A imagem mais forte de um país em declínio.
O homem forte e a do outro;imagem degradante do acesso ao poder, aparecimento súbito da glória...tudo sem nomes.

Numa luta sem igual, presto aqui uma pequena homenagem ao escritor, político, pintor e sobretudo pensador.

pelos bons momentos de leitura que prestou, pelas entrevistas inteligentes por tudo.
Filosofias de vida À parte ou posições partidárias o importante é o homem e o legado que nos deixou.

A noite dos santos populares

ah pois.
lá correu bem...
claro!
Grande fanfarra em cima de uma estrutura tubular com uma subestrutura de madeira...tudo muito português... Quim Barreiros e associados...e toda a boa musica portuguesa dos anos 80.
ainda houve tempo para um saudoso Bob marLey cantado pessimamente!!AHAh
A cerveja era cara como tudo!!1euro e meio??é de Loucos...assim sendo foi uma meia bebedeira pois não contava com isso. Acabou por ser Sagres...por desistência da superbock!
Este ano a novidade foi a Bica. Lá fomos nós muito contentinhos a tropeçar em tudo o que mexia!!
Pois, mas muito menos do que o normal!! sim, Alfama nisto ganha aos pontos...
Resta dizer que mais uma vez protagonizei mais um momento de "mundo da lua" onde fiquei 30minutos com uma senha na mão para uma bifana na fila da casa de banho...enfim...acontece. há filas para tudo sabia lá!!HIhi e não fosse a adelaide e ficaria lá até descobrir por mim mesmo!!
A chuva ainda ameaçou mas nada de mais...o cansaço foi mais forte. sem carro ou conduzido pela não embriagada lá descobrimos o caminho de volta à normalidade, ou anormalidade...
a cama soube bem não fosse a tosse do sr tiago sampaio durante a noite toda!!Não quero crer que tenhas vomitado!tu nunca vomitas...És o mito da cerveja, a par da Ritinha!!hihi a falha:
O jacob meteu-se, sabe-se lá por onde, e andou metido com as italianas...a joana sabe disso?
enfim, tudo para uns e nada para os amigos!! sacana!AHAH

"Ninguém pára o sampaio, ninguém pára o sampaio ô Ê ô!"

cee ya next year
fanfarrões!

p.s.: bem as músicas eram clássicos autênticos...

ora vejam:

"tu és um cavalo de cooorriiiiiidaa!!" Lindo!

"chiclete, deita fora, chiclete!!"

"a CARGA PRONTA METIDA NOS CONTENTORES ADEUS AOS MEUS AMORES QUE ME VOU!!PrA OUTRO MUNDO!!" É uma escolha que se faz..."

os sucessos do quim barreiros e tony carreira deram o mote para a festança!

Degolei a pressa...

Se sou assassino?
sou
na noite que matei o tempo
aproximei-me dessa ideia
fixa
pensada
deliberada
questionada
era mesmo aquilo
sem hipótese
teria que matar o tempo apressado
a única maneira
a primeira
que me surgiu
esquecer as horas
os milésimos de segundo
fazem perder
perder-me
perder-te
a ti
tempo estáctico
onde te vejo
onde te observo
nos gestos
de lentidão
de pausa absoluta
onde não envelheces
onde o ponteiro
estagna
ali
imóvel
inerte
recuperei o fôlego
repensei
e no tempo exacto
de decisão
as mãos tremeram
não fui capaz.
a pressa
sou eu
o tempo sou eu.
olhei para cima
e...Zás.

domingo, junho 12, 2005

cidade sem tempo...

Entrei pela primeira vez em muitos anos.Vi-me aflito na aproximação, uma angústia tremenda de revisitar um sitio, o da rua dos miudos a brincar, aquele que disse: até já. Num adeus sumido, distante, engolido pelos anos passados; um adeus mantido, um adeus mentido.
Mas o sonho começou no partir, o de fugir, a aventura de ser eu só em busca de mim, de novo.
O que a guerra trouxe foi esta separação inevitável, a interminável. As cartas perdidas em tempos exactos, não foram lidas. Eu deixei de existir para ti, para a minha família, para mim. Fui embora para não voltar. Fui-me.
Entrei em casa a pensar nos dias passados.
O meu sorriso trouxe.me de volta, lá aquele sítio.
de repente senti que tinha voltado. A diferença era absoluta.
O cheiro tresandava a memória.
Despi o casaco grosso que trazia, pendurei-o no cabide junto à porta e que ainda estava lá, descalçei os meus sapatos italianos, olhei-me ao espelho
e percebi que estava triste. Era eu, ali, presente desfocado pelo tempo, pelo passado quase esquecido.
O soar do sino da igreja ainda era aquele.Mas pouco restava. Aquela verdade havia mudado, para sempre.E eu, nada podia fazer. Apenas imaginar...
A janela estava entreaberta que deixava passar o som invulgar,esse, sim, recuperei-o; o vento que vinha do mar, a brisa que me acompanhára na minha juventude; as tristezas as paixões, os amores, lembro-me da Luísa como se fosse hoje. A sua pele macia que me fazia sonhar os seus sonhos que nos agarravam, os meus que nos afastavam. Lembro-me de tocar à sua janela para que os seus pais não me ouvissem chegar. Lembro-me dos livros emprestados, das cartas trocadas, dos beijos imaginados, os consumados, daqueles que ficaram por dar, os da despedida inevitável. Tudo começava a juntar-se, uma peça após a outra, um puzzle incompleto, tudo numa forma estranha; o ambiente mudára! Já não havia nenhuma luísa ou uma outra qualquer paixão passada. As pessoas já não me conhecem, já não me cumprimentam ou dizem bom dia. passam umas pelas outras, anónimas, indiferentes, mentes indigentes. Os rostos envelhecidos olham para baixo.Para si mesmos. A cidade parece mais distante entre ela, no seu limite físico e no outro; entre os próprios, quanto mais comigo. Inóspitos, frios para quem os visita e trás as boas novas que agora chegam por vozes sem som na velocidade do cabo óptico. A verdade do bairro sumira. Aquele cidade transformara-se, era agora um ambiente seco e de certa maneira hostil. Mas a minha casa era estranhamente aquela, a da porta azul, que ficava na esquina do correio com a velha igreja como pano de fundo. E essa realidade não existe mais. Só um esforço imenso devolve o meu fiel esquisso mental. Um skyline outrora perfeito era agora esventrado no seu desenho delicado por homicidas sem nome que construíram ao longo dos tempos na mais vil compactação da casa vertical. Esquerdos direitos sem rua, sem vizinhos e sem alma.
Pisar aquela terra de novo foi sentir o vazio imenso da partida, um miolo perdido do que era meu. Possuía-o. Possuí aquela cidade, as árvores, a calçada o jardim, o à beira mar, mas agora não, não é de ninguém, não querem saber... Os cheiros mudaram a pouco e pouco, no lugar da velha fábrica é agora um silo automóvel. A cidade está infestada desta diabólica máquina. Esquecemo-nos que estamos a cometer um dos maiores homicídios de todos os tempos. Ninguém vê isso, todos viram o Holocausto, o cerco a Estalingrado, Nagazaki e Hiroshima, passaram por isto, mas ninguem vê esta loucura.E Kyoto? Somos cúmplices e um dia seremos punidos. A minha terra mãe dilacerada queimou-me por dentro.
Cansado, sentei-me na minha cama antiga de corpo e meio e adormeci num sono de profundo desgosto até ao dia seguinte.

quarta-feira, junho 08, 2005

BAk GORDON

ainda nao acabei de o ler e de ver, mas parece.me, assim numa primeira passagem mais imediata e sensorial, bastante interessante.limpo. muito limpinho de logotipos exteriores e afins q normalmente costumam pintalgar os livros e publica;oes.
Design e tacto }a parte (diga.se capitulo muito importante num livro) o livro parece muito solido
tanto no grafismo usado como no que diz respeito ao conteudo do book.
a entrevista no final parece.me essencial num livro que tenta transmitir um efeito de arquitectura presente e questionador ao mesmo tempo.falar ou ler sobre uma opiniao ou atitude ou o inicio do proj da cria;ao parece.me tao ou mais interessante que uma foto da coisa.
o conjunto fica mais unido, ligado.as pe;as desenhadas as fotos as maquetes tudo tera mais sentido. potenciando base de dialogo e de discussao que e isso que se pretende.

como diria o gordon... NEXT!

AManha...

dia 16 no museu da cidade, pelas 19.30 da noite vai estar presente a artista plastica e escritora Ana Viana para a apresenta;ao do seu novo livro, sendo este uma incursao primeira pela prosa.
Tendo levado tres anos a ser concluido, este livro vem na continuidade perfeita do seu primeiro livro editado de poesia.Por ser o primeiro na sua vertente, por ser inocente e dai a sua beleza comunicante. ]E um livro aberto e nunca retraido.na sua atitude.na esperan;a do tempo resolver ou nao.as situa;oes que dilaceram a alma.a minha e a tua certamente.

Para quem nunca leu nada da escritora ai esta um bom comec;o...o comec;o pelo fim.

Concurso iberico de design automovel...

sim...]e verdade.
tomara que eu tivesse dezasseis anos.
assim nao sei o que fazer...

domingo...SANTOS POPULARES

ah pois domingo na falha...
la vamos nos na mma carripana, a mesma janta(olha a sardinha assada!e a sangria) , as mesmas pessoas...mais uma menos outra.
a mesma subida de sempre.
a paragem obrigatoria junto a se, outra junto ]a janela fabulosa com uma vista incrivel.outra no castelo, outra junto a uma arca de cervejas de um vendedor atipico e claro a descida ate a se novamente pa juntar ppl...

a ultima paragem ]e nos manjericos e nos dizeres populares ca em baixo perto do jardim das cebolas...
a outra tvz a paragem da Brigada de transito!!essa espero n passar...hihi glup hiicc hihih glup hicc

a ultima mas mesmo a ultima...ZZzzz xixi cama...

mas vai ser lindo!!pa variar
ehEH
a duvida e

Sagres
ou
Superbock

as conversas de arquitectura vao prevalecer sobre as outras
alias, quais outras...
ate chegarmos ao ponto em que arquitectura passa uma coisa totalmente tangencial e potencialmente mais interessante, toca o simples da coisa.tornando aquilo numa conversa muito ininteligivel...
quem perde dez minutos de conversa perde tudo!!

o bom da coisa e que aparece sempre alguem que ves todos os dias e fazes uma ganda festa sabe.se la bem o pq...mas e sempre assim e assim e que tem piada!!
encontrar os velhos e bons amigos.e amigas claro esta!! !@!@$#$$^%$^#

ate la...

terça-feira, junho 07, 2005

na tentativa de limpar.

passando os 50 posts parece que tudo e lixo.
entao nada farei.
deixar acalmar os animos do meu negativismo e continuar ao ritmo do acaso

Bairro + jazz

os dois mundos ou so um...

recúo...

avanço iminente
o recúo

segunda-feira, junho 06, 2005

"Se"

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.


Sophia de Mello Breyner Andresen

O que é o espaço...

O que é o espaço
senão o intervalo
por onde
o pensamento desliza
imaginando imagens?
O biombo ritual da invenção
oculta o espaço intermédio
o interstício
onde a percepção se refracta
Pelas imagens
entramos em diálogo
com o indizível

Ana Hatherly

Era assim:

era assim:

queres?
queres algo?
queres desejar?
desejas querer?
desejas-me?
desejas querer-me?
queres desejar-me?
queres querer-me?
queres que te deseje?
desejas que te queira?
queres que te queira?
quanto me
queres?
quanto me
desejas? ah quanto te quero
quando te quero
quando me queres...

Ana Hatherly
um calculador de improbabilidades

Faith no more angel dust

everythigs ruined

kindergarten

para ficar no ouvido e nao mais sair...

dave mathews band live in chicago

tema> 41# oiçam e depois digam qualquer coisa...

Aquietar a solidão de ti

Há uma zanga surda que se prolonga e se manifesta nas horas em que me permito dizê-la. Uma zanga que se alimenta de todos os gestos em que me confundes com aquele todo, que são os outros da tua vida. E sempre reages, defendendo-te de mim como de uma inimiga. A não ser hoje que te despiste para que as nossas peles livres respirassem. Hoje, quando as nossas bocas se uniram para que o sopro da intimidade se restabelecesse.Até ao momento de aquietar esta minha solidão de ti. Um momento que não se prolongou, por ter sido interrompido. Soterrado, agora, pelas horas todas em que só colecciono o teu silêncio.

ana viana - a casa acordada

infinito.

se houvesse um eco
o eterno eco
de memória
a mais pequena
ínfima
que pudesse transportar comigo
na luz do universo
eras tu
a minha escolha

domingo, junho 05, 2005

Silêncio do não...

Desci a escada lentamente, os meus pés trémulos desviavam os degraus amassados, um após o outro, à procura do caminho saturado a beira de tombar.Agarrado em medo ao corrimão de madeira envelhecida olhei adiante, cerrei os olhos e vi por entre o escuro a mais bela das sombras. O som deixara de ser o da madeira a ranger para ser o meu, o meu pulsar cada vez mais intenso. A minha voz imensa nao sai. A medo, senti que era ali, aquele o momento do contacto estranho, aquele que sonhei vezes sem conta sem contar, a ninguem.Apertei o meu apoio que me sustentou da queda, apertei.me e na sala, imóvel, tu tocaste-me. Eu senti. Movi o meu bra;o retribuído em direcção ao teu a pensar que o receberias. Mas não, tu não quiseste. Estavas longe. Nem te desviaste. Não precisaste. Devolvido na minha agora certeza fizeste mais uma vez o mesmo; deixaste-me a pensar suspenso com o sentir do calor da tua mão que atravessava a sala e que eu li. Sim, percebi que era mais uma noite de não. Percebi que afinal tu apareces-me sempre, ali, exactamente ali naquele metro de assoalhada.O teu cabelo escuro de contraste com a tua nivea pele cor de neve sempre tu. Não aquela que vi hoje a passar em frente dos restauradores e ainda a outra que me olhou e eu sorri de volta, não.Não sei enganar-te não sei enganar-me não estou a conseguir deixar-te, deixar de pensar que só tu existes.em presen;as tolas no meu dormir, no meu acordar quando vejo sim essa e a outra.Não te esque;o lembro lembro-te a elas e as outras que tu existes como és como são os teus olhos franceses esses que adoro e são teus pequenos e afastados;a essas, elas, resta apenas desvendar o meu sorriso silencio falador onde te conto imagino e invento. Porque a minha sala sempre te receberá, mesmo nos dias cinzentos e chuvosos aqueles de outono que adoro, mesmo que não queiras ou não estejas, estarás lá, livre e fria como tu.E eu, como sempre, descerei as escadas para te receber.

guerra sem armas

na espera
percebi
nao posso
ser amigo
apenas
nao
nasci para ti
nao nasci para isso
nao ia aguentar
so olhar
pensar
sem esgotar
tudo
sem nada
e esperar
aguardar
momento
inexistente
agora sei
prefiro
a melodia
sinfonia
a guerra
sofrida
ausente
eco
som
tremulo
estrondo
das balas
rasantes
tracejantes
no meu
pensamento
memoria
imperfeita
em declinio
que me resta
arrasta
fascinio
em risos
trocados
colegas
separados
ate
ao
fim

destino

Italia claro.no questions about it
ao menos sou bem recebido...

vontade de dizer...

vontade de dizer adeus
sem dizer
apenas partir
e esquecer.

fé nunca mais

desisto
embora
para fora.
não
não volto
mais
paz
pais
quando acabar
vou comec;ar
a partir
princípio
o início
esse
o tal
afastar
de mim
sim
tu
o fim
fui
e
não
volto

no tempo dos desafinados

vedder
patton
Staley
Cantrell
Cornell
Starr
Morello
Kinney
Mcready
Gossard
Ament
Krusen
irons
cameron
weiland
Inez
Gould
bordin
FUcKing Bastards

variaçao 7-a

Outrora
a tua voz
imensa

Agora
o sol sumido
a chama extinta
o branco frio
solido

Agora
este exilio

Nao te oic;o
voz imensa
insensivel

a.h.

sexta-feira, junho 03, 2005

feira do livro 50

Espertos espertos foram os da D.Quixote. A verdade é que acabei por comprar lá um dos poucos livros que me interessava.
coincidências ou não,o certo é que
por aqueles lados nao vi economias resistentes.

50

tom desafinado

em suaves tons
pintei
desafinado
a cor
neve
da tua pele.

esquisso de tristeza

na tentativa derradeira
primeira
a deles
erraram como eu
suspiro
leve
de saber
o
não
resposta
a unica
recorrente
a tua.
nao queria
nada fiz
ou farei
resta.me encerrar
ao soar do batuque
as cortinas
vermelhas
uma
e
depois
a outra
e continuar a sonhar
um palco
teatro terminado
aqui
ao lado alado
em esquisso
preto
riscado
a espera
do
fim

quinta-feira, junho 02, 2005

detesto

de tudo o que escrevi e do que não disse
detesto o que já não é só meu.

movimento

recuei
por medo
à tua reacção
sem razão.
distante
engoli
em dor
a leveza
do teu movimento

a voz que dança

de desejo por ti
a minha alma dança
em redor
os rubros
amores
desejam


mafalda m.