terça-feira, junho 14, 2005

Para a destruição da dor

não há lugar
sufoco-me
sossobro
sobre
o

esgoto o recomeço da memória

levanto a luz
do modo de ser outro

e
nada
mais
me prende

aonde
fico
retraído

destruição da dor
espaço vazio
a cabeça do tempo

pedra moída na nave dos teus beijos
mãos sobre o incerto
tumulto agora seixos

mais pequeno
e
mais fundo

limiar

e nada mais nos diz
se somos dor ou mar



ernesto m. e castro

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