quinta-feira, dezembro 22, 2005

Estante

Olho por vezes e pergunto-me o que irei eu ler a seguir.
Percorro a estante e não distingo os maus entre uns tantos, um castelo de papel ergue-se amontoado seguro pelas letras que se unem umas ás outras entre páginas, capítulos, sítios e personagens; Dos cheiros recordados pelo pó que sela o tempo de leitura; das poesias menos, das mais que não se delimitam em quadras, metáforas ou síncopes; Dos filmes que se entrelaçam numa folha só. Em tiro, 120 minutos, as duas horas perfeitas do cinema Americano.
Contrastando com o tempo brando de espera, de tacto com o papel, em rapidez bobine, o fim desconjuntado.

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