sexta-feira, janeiro 13, 2006

Desconfiar

Que desconfiados nós nos tornámos.
Vivemos a medo.
Surgimos cabisbaixos,
almas indigentes.
Desalojados de sentimentos.
tocamo-nos atemorizados.
tremer.
As distâncias medem-se a micron´s.
Aflições constantes de uma sociedade repelente.
vivemos inseguros
mas vivemos demasiado distantes.
comunicantes por fios.
O sustentáculo prestes a desabar conta uma estória de terror.
Estamos entregues a nada.
sustemo-nos a nada.
Que sociedade mais estreita, mais apartada.
Espera-nos uma convulsão, digo-vos eu.
O estranho é que impera a resignação.
Mas afinal o estranho sou eu.
Estranho é não haver estranhos.
Mesmo que separado por amizades comuns...
Raios partam os calculistas.

1 comentário:

Z disse...

Gostei. Linkado no meu blog. Beijinhos.