sábado, fevereiro 18, 2006

excerto de um "poema escrito nas paredes de Nova Iorque"

(...) Esta cidade não suporta lamentos
Não compreende a morte
Mas no seu centro aguenta
O mais bárbaro e nobre dos berros misericordiosos

os arranha-céus oscilam
com esse grito sem fim
as pessoas tapam os ouvidos e os olhos
e andam cada vez mais depressa
cada vez mais
Apavoradas

(...)

Alberto de Lacerda

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