sábado, maio 13, 2006

Sem pixeis

O castelo andante é mais um filme de Hayao Miyazaki acerca de um mundo fantástico com bruxarias e crianças, com vida e com mensagem, como em a "viagem de chihiro" ou "a princesa mononoke".
Quando pensamos que somos bombardeados com as novas tecnologias é bom saber que existe ainda quem explore até à mestria, através do detalhe em cada fotograma dividido em cenário e acção, a pureza do desenho feito com um simples lápis encostado a uma folha de papel sobre o estirador; magistralmente desenhado e pensado surgem dele imediatamente as criaturas que provêm dos sonhos de qualquer criança, de uma criança crescida, que nasce apenas da cabeça de grandes mestres. O universo de um imaginário muito rico associado a um rigor conceptual de mensagem, premisssas de vida já esquecidas, por entre infâncias envoltas em guerra e criadas pelo ocidente. Quando falava por aí em ser uma criança grande, onde meio mundo era ficcionado e a outra não, era desta sensibilidade que falava; desta capacidade de saber reler a infância de um modo inteligente e sabedor. A grande diferença entre aqueles que carregam um génio particular e aqueles que se ficam apenas por ideias desconexas.
O tempo de demora que envolve o processo tem um encantamento único e para mim mais atraente. Define-se como uma paixão. Segue atentamente os passos da história sem perder grão. Miyazaki propõe-nos mergulhar num universo apaixonante que eu tendo a não querer esquecer. E ele ajuda-me ao fazer relembrar...
Vejam.

2 comentários:

Mary Mary disse...

Estou à espera que alguém me empreste... Eheheh!! :P

joaopedromira disse...

ah ah, já emprestei!!!Agora tens que escrever sobre o filme!!