segunda-feira, agosto 28, 2006

Munique

(...)
Os disparos tracejantes sustém o temor
sujas as botas que decalcam sangue fibroso
pelo chão
e depois intercalando com a parede
são suaves salpicos condenados
e outra vez o chão
atafulhadas farpas de madeira e estilhaços que encorpam aquele piso
fazem-se ouvir como pancadas vibrantes e que cintilam no ouvido
vincam e aguçam corpos indiferenciados
São corpos sem amanhã
(...)
As meias ilusórias que vos tapam
são vãos escancarados aos vossos tormentos
Os tumultos fazem-se ouvir sobre o som bélico do mapa mundo
os túmulos contados são também valas comuns
por cápsulas sucubem
em cápsulas desvanecem
Não há razão em Munique
(...)
aos distintos privilegiados
sobra a terra restante que detém e trava o conflito
distantes
vivemos

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