Uma aventura épica de um samurai a soldo, de nome Sanjuro, de 1961 de Akira kurosawa. Diria eu que o personagem é um trapaçeiro só com escala similar no Han Solo do filme "Star Wars" de George Lucas.
Aliás, George Lucas nunca escondeu a sua predilecção por filmes do mestre japonês. Quem na juventude pode dizer que não teve referências? Já me dizia um outro mestre que para cada projecto há um pai, e aqui esta ponte é feita com a tranquilidade de uma geração, sem tentativa de usurpação de ideias capitais. Diria que também este mestre japonês foi buscar muito do que foi uma geração de westerns, a John Ford, na altura a sua. E dessas longas metragens surgia John Wayne; a sua postura de canastrão foi ficando e o cinema foi repetindo e produzindo espaçadamente ícones que abraçavam este tipo de figura.
A colecção destes personagens que vagueiam entre o bom e o vilão, esse interstício complexo e de desacertadas personalidades, muitas das vezes mais interessantes, vendem uma profundidade no campo das aparências, surgindo no diálogo com palavras curtas e secas. São egoístas por natureza e cruéis e na outra face meigos e indulgentes. São em todas as vezes temerários, indelicados e distintos. São seres isolados.
Não pedem desculpa, nem dizem obrigado.
Muito bom filme.
sábado, setembro 16, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário