terça-feira, outubro 10, 2006

Raiva?

Por breves instantes sucumbi ao calor raivoso que era discutido diante de mim.
Fechei os olhos sem querer. Enervado reservei-me no direito de não prosseguir a conversa da qual por vezes não fazia parte e no entanto me destroçava: Agudamente. Que parte dos diálogos conversas ou imposições de oratória desnivelam a razão? E que certeza há que implique subjugar a outra opinião?
Quão determinantes somos que rompemos com qualquer definição de opinião noção e ideia?
Que eloquência é essa que irrompe por uma relação e a parte em dois?
Que subtileza crua é essa que não nos fala informa sem forma?
Que silêncio calado é esse que no fim diz-se eloquente?
Que sensibilidade permite parar diante da discussão para além do objecto de conversa e por nós não escolhida?
Que infíma parte resolve um confronto?
Quantos braços se torcem para manter paz?
Quantos de mim são necessários para o entendimento?
Quantas fracções resolvem um silêncio calma e determinam as pazes?
Que minimeza é essa que por vezes se acalma e por outras se exalta?
Qual a definição de razoabilidade... quem a determina e qual a lógica de não segui-la?

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