A porta era o sítio de passagem, era castanha e muito pesada. Tornou-se num limite difícil de transpôr quando os meus olhos eram pequenos, tal como os de uma criança. Percorri tanto o espaço que a porta encerrava-se por si mesma, por pouco o meu andar não ficou marcado no soalho de carvalho de inúmeras vezes que foram. Era a marca da dúvida e do medo e só me restava aquele corredor esguio. O desejo de querer passar para lá da porta era derrotado pelas pequenas histórias que eu ouvia nas esquinas da vizinhança. A verdade sobre o meu quarto sempre fora omitida e afinal sempre havia razão para desconfiar.
Estou a mudar-me porque os meus olhos cresceram, os meus sonhos finalmente provocam-me;
ainda não sei o que é dormir.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
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3 comentários:
Um dia saberás o que é dormir...
...a teu lado? :)
mas não cumpriste a tua parte do desafio...
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