quinta-feira, março 29, 2007
domingo, março 25, 2007
inLand
O novo filme do David Lynch chama-se inLand e tem um trailer de fechar os olhos.
Mau? duvido...
Mau? duvido...
Agulha
São Agulhas que já poucos lembram.
Ontem desencantei das antiguidades do meu Avô um Gira-discos e pu-lo a trabalhar como as minhas memórias já desconheciam. Era uma memória ausente. Agora tudo vai ficando mais composto e espero que este Gira-discos ganhe preponderância e recomece a tocar como dantes, aqueles ruídos, o balancear do disco e a suave agulha que nele pousa. ( ou poisa)
Merci Grand-père
Ontem desencantei das antiguidades do meu Avô um Gira-discos e pu-lo a trabalhar como as minhas memórias já desconheciam. Era uma memória ausente. Agora tudo vai ficando mais composto e espero que este Gira-discos ganhe preponderância e recomece a tocar como dantes, aqueles ruídos, o balancear do disco e a suave agulha que nele pousa. ( ou poisa)
Merci Grand-père
domingo, março 11, 2007
Voar sobre um telemóvel
Vi um Beijo
mas fugiu
tinha receio desse beijo, era um rapaz simples de uma aldeia irlandesa muito distante e
e onde o vales eram verdes e as montanhas beijavam o mar. Nunca tinha experimentado esse beijo de um simples rapaz, mas a rapariga de jardineiras...
de pele clara e cabelos surpreendentemente macios...
castanhos da cor do chocolate e da cerveja que nasce em nascentes à volta de duendes e fadas...
sabia bem o que queria, apenas não sabia se o momento era aquele, eram vidas adversas...
de familias muito diferentes, uns com pequenos prazeres à mesa e outros a dividir grãos de arroz...um amor
verdadeiro que começou desde muito pequeninoss e que resistiu a todas as diferenças,
quando eram miudos fugiam as escondidas para pescarem, brincarem aos piratas, descobrir ilhas do tesouro e piqueniques ao por do sol
com compotas de muitos sabores de frutos e pao retirados da quinta do senhor sentado sem que niguem desse conta e colocados na cesta...
mas fugiu
tinha receio desse beijo, era um rapaz simples de uma aldeia irlandesa muito distante e
e onde o vales eram verdes e as montanhas beijavam o mar. Nunca tinha experimentado esse beijo de um simples rapaz, mas a rapariga de jardineiras...
de pele clara e cabelos surpreendentemente macios...
castanhos da cor do chocolate e da cerveja que nasce em nascentes à volta de duendes e fadas...
sabia bem o que queria, apenas não sabia se o momento era aquele, eram vidas adversas...
de familias muito diferentes, uns com pequenos prazeres à mesa e outros a dividir grãos de arroz...um amor
verdadeiro que começou desde muito pequeninoss e que resistiu a todas as diferenças,
quando eram miudos fugiam as escondidas para pescarem, brincarem aos piratas, descobrir ilhas do tesouro e piqueniques ao por do sol
com compotas de muitos sabores de frutos e pao retirados da quinta do senhor sentado sem que niguem desse conta e colocados na cesta...
quarta-feira, março 07, 2007
O labirinto de Fauno
Se há coisa que me faz falta é um cartão papa-cinemas, aquele passaporte para todos os filmes a um preço controlado e seguramente compensador no orçamento curtinho que persiste sobre a forma de teimosia. Porém, ninguém me tira essa boa sensação de poder comprar a entrada para um universo mágico, estender a mão da miséria e no fim receber por isso, o mais belo dos convites , por dentro: um verdadeiro contador de Estórias. Então digo que hoje abri mão a dinheiro que jamais questionarei, jamais recorrerei a mecanismos de forretice para explicar esta ida à sala de cinema, porque, de facto, ele vale por isso.
Esse interesse inicia-se no trailer que promete somente um mundo maravilhoso, sendo mais do que um título, cartaz ou rol de actores. Sempre soube que a promoção de filmes é, como qualquer produto que se preze, um piscar de olhos à sensibilidade do espectador, o elemento gerador de diferenciação dos demais que estimule a ida e a superação sobre os custos inerentes: o chamado "clic"! Mas há filmes que, não deixando de pensar assim, pois nenhum sobrevive sem ouro, estabelecem um compromisso de seriedade e de sonho desde o pequeno pormenor como o filme promocional; e conseguem-no aqui reservando-o à surpresa, apesar de, aparentemente, dizer tudo em tão frágil aparição. Este é um exercício complexo e resulta tão simplesmente na vontade de ir vê-lo em grande, e aí, mesmo com a expectativa denunciada, o filme consegue ser forte e muito resiste ao aparente descuido do marketing. Esta subtileza consegue ser apenas uma entre tantas que o filme oferece quando ainda não começou. A magia revela-se...
Pan´s Labyrinth é mesmo um grande filme, mas desenganem-se os que tropeçaram (todos excepto os que lêem críticas, imdb e compª) porque não é para crianças como poderá primeiramente deixar entender... É antes uma história que pode ter, quanto a mim, duas perspectivas, as duas com sorrisos nos lábios, as duas palpitantes e merecedoras da obra; digo mais: este filme consegue a proeza que nenhum filme do Shyamalan consegue, adiantando ainda que o orçamento aprovado e provado deve ter sido de uma elegância e por isso espremido até ao último tostão, garantindo, mesmo assim, um Universo Visual tão expressivo e pungente quanto apaixonante e que em nada deve ao Filme Americano. Não há muita coisa que mudasse, conheço poucos que o conseguem e me façam dizer isto. Esta é uma película que não precisa de sorte porque tem talento, tem gosto e sensibilidade. É um filme fantástico sobre o Fantástico ou então sobre o hipotético.
nota ainda sobre o casting da pequena princesa, a Ofelia no filme; não vi as outras mas esta era a que teria escolhido. É simplesmente brilhante e não se apoia meramente na sua beleza natural mesmo que indutora de inteligência comportamental nos consequentes gestos e posições, mas aí manda a realização a fotografia e a restante Equipa e, só então, o seu génio pode trabalhar.
ainda sobre o filme escrevi-te:
(...)
A dupla possibilidade é o grande sucesso do filme,
pode ser a Ofelia e a sua imaginação, pode ser um conto de fadas no meio de uma realidade desconjuntada.
...o realizador deixa essa possibilidade no coração dos espectadores:
para os mais cépticos a fins fantasistas e para aqueles que tb querem acreditar no destino de ofelia não se tenha resumido a uma morte.
É a grande virtude do filme..talvez uma liçao para o Shyamalan e os seus "Fins".
(...)
Esse interesse inicia-se no trailer que promete somente um mundo maravilhoso, sendo mais do que um título, cartaz ou rol de actores. Sempre soube que a promoção de filmes é, como qualquer produto que se preze, um piscar de olhos à sensibilidade do espectador, o elemento gerador de diferenciação dos demais que estimule a ida e a superação sobre os custos inerentes: o chamado "clic"! Mas há filmes que, não deixando de pensar assim, pois nenhum sobrevive sem ouro, estabelecem um compromisso de seriedade e de sonho desde o pequeno pormenor como o filme promocional; e conseguem-no aqui reservando-o à surpresa, apesar de, aparentemente, dizer tudo em tão frágil aparição. Este é um exercício complexo e resulta tão simplesmente na vontade de ir vê-lo em grande, e aí, mesmo com a expectativa denunciada, o filme consegue ser forte e muito resiste ao aparente descuido do marketing. Esta subtileza consegue ser apenas uma entre tantas que o filme oferece quando ainda não começou. A magia revela-se...
Pan´s Labyrinth é mesmo um grande filme, mas desenganem-se os que tropeçaram (todos excepto os que lêem críticas, imdb e compª) porque não é para crianças como poderá primeiramente deixar entender... É antes uma história que pode ter, quanto a mim, duas perspectivas, as duas com sorrisos nos lábios, as duas palpitantes e merecedoras da obra; digo mais: este filme consegue a proeza que nenhum filme do Shyamalan consegue, adiantando ainda que o orçamento aprovado e provado deve ter sido de uma elegância e por isso espremido até ao último tostão, garantindo, mesmo assim, um Universo Visual tão expressivo e pungente quanto apaixonante e que em nada deve ao Filme Americano. Não há muita coisa que mudasse, conheço poucos que o conseguem e me façam dizer isto. Esta é uma película que não precisa de sorte porque tem talento, tem gosto e sensibilidade. É um filme fantástico sobre o Fantástico ou então sobre o hipotético.
nota ainda sobre o casting da pequena princesa, a Ofelia no filme; não vi as outras mas esta era a que teria escolhido. É simplesmente brilhante e não se apoia meramente na sua beleza natural mesmo que indutora de inteligência comportamental nos consequentes gestos e posições, mas aí manda a realização a fotografia e a restante Equipa e, só então, o seu génio pode trabalhar.
ainda sobre o filme escrevi-te:
(...)
A dupla possibilidade é o grande sucesso do filme,
pode ser a Ofelia e a sua imaginação, pode ser um conto de fadas no meio de uma realidade desconjuntada.
...o realizador deixa essa possibilidade no coração dos espectadores:
para os mais cépticos a fins fantasistas e para aqueles que tb querem acreditar no destino de ofelia não se tenha resumido a uma morte.
É a grande virtude do filme..talvez uma liçao para o Shyamalan e os seus "Fins".
(...)
sábado, março 03, 2007
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