Hoje será a inauguração de uma exposição de Pintura pela qual tenho esperado nos últimos dias.
Primeiro começou com a ligação e amizade à Artista Plástica e Pintora Maria Eduarda e aos primeiros passos para esta Exposição individual de Pintura que irá estar presente em Campo de Ourique hoje ao final da tarde. Aguardo como muita ansiedade e, apesar de saber exactamente quais as telas escolhidas, e de as ter visto uma-a-uma a evoluir desde a sua fase mais embrionária até à complexidade das sobreposições, das colagens, das transparências e das subtilezas, sei que vai ser uma surpresa. Tudo está anunciado, conheço-os de cor, e ainda assim sei que me vou surpreender. As geometrias foram iniciando o seu mundo reflexivo, sendo que, foi começando a haver uma uma transição conceptual que levou Maria Eduarda a outras abordagens pictóricas. Quase como segmentos dissociáveis e com personalidades próprias, mas que depois vão cerzindo na minha imaginação sem aquele complexo de que uma exposição tem-que-ter-um-único-conceito como indicador de fase e de uma busca incessante. Aqui o universo parece-me que seja menos preocupado com preconceitos expositivos e parte para uma necessidade, que a mim me diz mais, que é o sentimento de que se deve fazer o que se gosta e o que diverte a pessoa que domina e detém a sua arte. Aqui parece-me que foi isso que aconteceu, por entre tropelias, sorrisos e também alguns momentos menos bons, há-que dizê-lo sem receio, surgiram, diria, três tipologias de imagens. Nenhuma se sobrepõe a outra, todas parecem jogar como um diário pintado e a suas expressões dissonantes merecem toda a atenção, é preciso atentar o pormenor. Vê-lo na sua totalidade e também na sua micro-escala, como um pequeno recorte que pontua a tela e a sua encenação pintada. E como um hipotético diário pintado surgiram variações sobre as tais tipologias. Creio que aqui encontro um ponto de linearidade por entre a pintura de Maria Eduarda, a tal que é muito subtil mas entende-se; talvez fosse preciso que todos tivessem acompanhado este percurso para que percebessem a simbologia da exposição e os sentimentos implícitos em cada pincelada, em cada acerto pintado sobre um recorte ou uma geometria, ou ainda sobre uma superfície aparentemente uniforme. É preciso uma coragem interior, sobre a qual respeito sem perguntas, que fizesse levar uma exposição que enfrentou muita vida pelo meio. Vida no seu sentido mais verídico e pungente. Na sua dureza e a na sua superação... Por isso e por muito mais irei hoje com um sentimento de contentamento e de curiosidade pois sei que irei descobrir tudo, será o espaço e no seu jogo com as telas que decidirá a defesa final de uma colecção muito significante para esta família.
Um beijinho Muito Grande para a Maria Eduarda, para a Maria e Teresinha. E um abraço para o Manel, e Para o Xico. do joão. Até logo!
Vcês todos teceram esta exposição...PArabéns!!
quinta-feira, julho 05, 2007
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