segunda-feira, outubro 08, 2007

De tempos em tempos

-"...nos tempos em que o amor e o carinho são confundidos surge uma nebledina densa;
é um dia que é repetido...precede a verdade encoberta"; inimaginável e obtuso refere o pobre agastado, balbuciando os nervos caídos numa baba pestilenta.
As verdades não sobrevivem ao tempo, para quem tem fraca memória o tempo dita a culpa e a verdade subvertida perversamente com a simplicidade que só a maldade pode reconhecer.
De tempos em tempos o medo aflige quem apenas impõe e absorve, quem exige e devora, de quem teima em forçar a maldade, de quem diz não a tudo e sim a poucos, aos poucos errados.
Quem deixou sucumbiu e foi trincado, dilacerado por bocas selvagens e mais velhas, pinceladas pela sabedoria dos anos e não pela inteligência, retocados para parecerem bons, como o lobo numa pele de cordeiro de costuras à vista.

De tempos em tempos o Mal vence.
De tempos em tempos as subtilezas caem, a tua pureza é linchada por mim.
Estou coberto de vozes más que não sei identificar, então, e por sugestão ditada, devoro a tua vida culpando-te com a minha.

1 comentário:

Kokas disse...

"De tempos em tempos o Mal vence". Não sei se é o mal ou a abnegação...