quarta-feira, novembro 26, 2008

De olhos quase fechados...

O cansaço já não engana por onde passa. Hoje começou muito cedo, são sinais familiares, raros. Sinto a febre em todos os cantos meus. São cantos por serem fechados. O canto inicia o fim de algo, começa um princípio de um outro fim, é a geometria de um canto, é assim. Acontece tudo no meu corpo. Hoje estou febril, as temperaturas oscilam no máximo, assisto a um baile de tremores na minha vista, no que vejo, no que pressinto. Agora que devo parar, porque tudo me baralha, porque apenas pouco me mexo. Hoje à noite não devia ter pegado no carro. Há pouco a condução fez-se mas as hesitações vincam os meus gestos, agora, pouco delicados, tensos, como o Inverno, neste Outono.

p.s. : Hoje as notícias foram boas. Hoje sorri, foi antes da febre.
Chega-me para estar de olhos quase fechados.

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