terça-feira, agosto 05, 2008

"Coragem".

Sempre tive uma fobia, sempre achei que não fazia muito mal, passo a explicar. Desde pequenino que faço digestão para tudo mais um-par-de-botas, bem, mas hoje decidi ganhar coragem e enfrentar o fantasma. Esta leve "paranóia" tinha que acabar, já não fazia muito sentido, hoje decidi que era o dia.
Lanchei, a coisa não foi propriamente leve, mesmo segundo os meus padrões; passado algum tempo meti-me debaixo de água a uma temperatura razoável e enfrentei o papão de caras. Pimbas, já estava, agora nada a fazer. Nada! Não aconteceu verdadeiramente nada! Não houve uma mutação, uma transformação, má disposição...nada! Não fiquei nem azul, nem verde, nem de outra cor estranha. Não virei peixe nem monstro!
Há pessoas que acordam e escolhem fazer as 10 coisas mais estranhas que lhes passa pela cabeça.
Eu decidi acabar com uma coisa estranha, mas só para a minha cabeça claro está.
Não há nada como enfrentar os medos com a "coragem" de quem tem , de facto, medo.
um pequeno passo...que é sempre o maior.

p.s... Tendo em conta que tenho 27 anos, e a esta velocidade, quando tiver 90 anos ganho coragem e salto de um Avião (com pará-quedas óbvio, tenho esse medo mas também não sou parvo)

p.s...2 Bem, com 90 anos a minha memória também já não deve estar grande coisa...portanto ainda me esqueço de o pôr...ou então, segundo a minha teoria optimista, os meus defeitos melhoram com o emadurecimento, ao contrário do comum dos mortais...

sexta-feira, julho 25, 2008

Fissura

Estou cansado de ser imperfeito, guardar detalhes que achava importantes.
Estou amarrado a pessoas que pessoas que amanhã vão passar por mim e não vão parar (Hoje foi o prenúncio). Estou exausto por sentir as amizades a rasgarem-se. Estou cansado de ver a minha família partida. Estou cansado de viver numa casa fissurada. Estou cansado de toda a gente achar que posso fazer o que já fiz há muito.

Já não fico apenas triste. Hoje viajaste. Nada daqui é teu, só o teu sorriso que me aguenta. Demasiado perto para estar longe.

És tu.

segunda-feira, julho 14, 2008

Resvalado?

É esta pequena pergunta que me põe sossegado. Uma simples palavra dita por alguém muito pequenina que me põe de sorriso aberto. Obrigado Matilde.

sábado, julho 05, 2008

terça-feira, junho 24, 2008

rapariga dos cabelos inquietantes

Havia uma rapariga que vivia numa outra cidade da Europa, uma cidade distante de Kiev, a oeste.
Ela apareceu pela primeira vez num encontro a norte da cidade, na casa de um amigo comum, descobri eu na altura. Era interessante ver que nada mais ouvi para além do castanho escuro do seu cabelo encaracolado, ouvi o som provocado pelo seu silêncio, lembro-me que mais nada vi para além de um estado interior de exaltação. Essas dúvidas foram perseguindo o tempo, mas nunca larguei esta cidade, a cidade que é minha...
Fiquei. Na esperança...
Ela foi, na dúvida, como os seus cabelos...