sexta-feira, julho 15, 2005

calor

olhava pela janela fora
o lápis fugia-me em tempos de calor
ideias em sufoco
paixões soporativas
adormeci lentamente
no sofá desalinhado
escorrem-me suores acelerados
a ventoinha ruidosa acordava-me
acordaste-me
tocaste-me
trouxeste-me sem realidade
pensamento perdeu-se em grãos finos de areia
e eu a querer recomeçar
partir novamente
retemperar forças
sonhar-te
em sublimes tempestades
chuvas calmantes
que me encham o cantil
da minha viagem de dunas ocultas
nas saliências do teu corpo sem nome

1 comentário:

joaopedromira disse...

ainda n o tinha feito, mas acho q as minhas influências começam a ser por demais evidentes...

se na arquitectura n saturo do o siza,holl,sejima e zumthor.na literatura o kundera,sepúlveda,coetzee e o eça.no cinema o spielberg, kubrick,fellini e o lynch.na poesia jamais esquecerei a Ana hatherly, o pessoa, o al berto e mais recentemente o melo e castro entre muitos que leio e pouco me dizem...