sexta-feira, agosto 12, 2005

Fim

quando voltaste, os teus e as tuas mãos eram chamas a falarem para mim.

eu estava na cama onde nasci vezes de mais
peço-te, nunca esqueças o meu olhar de quando voltaste.

era de noite. eu não esperava mais nada.

e tu voltaste. tão bonita.

és tão bonita.

és tão bonita. no mundo, deve haver um jardim tão bonito como tu.

voltaste.

eu sorri tanto. fui feliz e, nesse momento, morri.

José Luís Peixoto

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