terça-feira, novembro 29, 2005

tá, tou e afins

Reparei que usei indiscriminadamente durante anos a fio o que se chama: "comer as palavras".(estou a tentar curar-me pois existe sempre salvação, a chamada luz ao fundo do túnel; pena que só veja luz e não veja o fundo!)
Tá, tou e afins portanto.
Hoje percebo que não fomos a tão afamada geração à rasca.
Somos sim uma cambada de desenrascados, agora formados e com ideias novas( pensamos destemidos).
Os nossos pais não foram menos que nós.
Uns desenrascados por natureza sem muitas das facilidades que agora existem e nos projectam para burrices de maior alcance. Mas, como diria um professor meu, desenrascar uma situação implica...fazer merda!Agora fazemos borradas das grandes!
Isto para dizer que a nova geração mantém todos estes atributos,vejamos:
talvez não cuspam só para o chão, talvez não digam só - tá, tou e afins, como também acrescentam no português dialectos interessantíssimos para economia de caractéres em Provas escritas escolares tipo: X´s, K´s e pkês.

nota:porquê K quando podemos ter Q , é uma proposta que fica. O kapa arrepia-me!
já para não falar nos xis que aparecem por todo o lado...

Qualquer dia em vez de lermos Os Lusíadas (já não foi pastar o Luisinho?) estamos a ler Máriozinho com texto bilingue edição do instituto franco-português cheio de incompatibildades inerentes ao dito Pai da democracia em Portugal.(Se ele é o pai de todos nós e dos nossos direitos eu quero sair de casa!)
Rezemos muito para que a praga não se propague (a do marocas e a outra).
Haja cura!
Salvemo-nos irmãos!

3 comentários:

Mary Mary disse...

Tá mto louko este texto!!! Eheheheh!!!

Mas tens toda a razão, a geração dos telemóveis veio estragar a língua portuguesa, e são muitos miudos que hoje em dia escrevem nas aulas e nos exames palavras comidas... Há quem já chame esta geração de Rasca!

E finalmente a geração anterior percebeu nós somos a Geração Desenrasca... Estava díficil...

SGTZ disse...

A verdad é k não foss u Márokas, e outrox cm'él, e hoj não estavs aki a escrever. Tá cota xim xenor já ñ tem genika para estes filas, ms fz mta falta e merece respect. Ñ foss ele ...

Anónimo disse...

Eu não diria que há uma geração rasca, há efectivamente muita gente rasca em várias gerações. Aqueles que cospem para o chão, os que cospem para o ar e assobiam para o lado, os que não se lavam, os que mijam para os cantos, os riscadores de parede, os que sendo "doutores" não sabem ler nem interpretar, os que sendo agentes da comunicação social não sabem escrever nem falar, os políticos que não sabem dizer a verdade, os juízes que não sabem julgar, os ladrões, os vigários vulgo vigaristas, os salafrários, os corruptos, alguns otários e tantos outros "zés" são uma casta que envergonha e relega para segundo plano "a arte de ser bom português".
Não queria terminar sem responder a um dos comentários: a verdade às vezes não é o que parece, hà histórias que estão mal contadas e um dia se conhecerão as estórias da história. Acreditem que houve muita gente que falou "contra" e que escreveu "contra" e não fugiu, nem foi presa, não eram filhos da burguesia, nem eram nem são "barões". Agora, muitos dos jovens que alguns chamam de rascas duma geração, não o são, e esses sim merecem todo o respeito e fazem efectivamente muita falta. Eles e os "cotas" (aqui sim, se não fossem eles...) poderão de mãos dadas, sem olhar a politiquices, caminhar pelo túnel, vislumbrar a luz e chegar à imensa claridade dum País que está quase a não ser.