A escrita é a minha primeira morada do silêncio
a segunda irrompe do corpo movendo-se
por trás das palavras
extensas praias vazias onde o mar nunca chegou
deserto onde os dedos murmuram o último crime
escrever-te continuamente...areia e mais areia
esta paixão pelos objectos que guardaste
esta pele-memória exalando não sei que desastre
a língua de limos
espalhávamos sementes de cicuta pleo noveiro dos sonhos
as manhãs chegavam como um gemido estelar
e eu perseguia teu rasto de esperma à beira mar
outros corpos de salsugem atravesam o silêncio
desta morada erqguida na precária saliva do crepúsculo
al berto
domingo, fevereiro 12, 2006
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