quarta-feira, novembro 01, 2006

Quando era pequeno.

Quando as noites abordam os céus ressurge uma conversação intensa que ousamos entrar, embora que de longe, apelamos a um sentido que nos faz sonhar e dialogar com aquela tangência ainda estranha. Mas essa estranheza repete-se e ao mesmo tempo aquieta uma paz em construção.
Esse limite ínfimo que foge em minutos traz tanta memória que agora percebo que só podia ser para nós. Debruçados sobre um mar denso mas sereno deitámos as nossas tristezas e invocámos amor. Amor: Escrevo-te de um país longínquo onde o sol se fecha e esconde no dorso de uma formação montanhosa. Alinho linhas tremidas e esborratadas sem mar pela frente e apenas bocados de papel preenchidos que resolvem ir para ti.
Espero que esta decisão não tenha escolhido afastamento e que denuncie a nossa paixão quanto antes. Perder-me nela. Prendam-me já! ponham-me na cela que te antecede. Prefiro-a a uma liberdade distante.

Até já.

Sem comentários: