terça-feira, outubro 28, 2008

Aula quatro...

Estas semanas foram uma autêntica loucura, ter que acabar um concurso no trabalho para esta última sexta-feira e deixá-lo pronto de véspera para não irmos a correr entregá-lo foi uma aventura. Julgo que nunca houve descontrolo sobre a situação, mas isso exigiu empenho e coordenação entre todos, sem isso pouco ou nada teríamos conseguido. Mas adiante, terça-feira avistava-se e mais uma vez saí atrasado para a aula. Com as pressas esqueci-me das cartolinas de cor, só quando cheguei perto do Chapitô é que me lembrei... voltar para trás estava fora de questão, já vinha 10 minutos atrasado! Desta vez não fui o último a chegar, mas como nos habituamos aos lugares com muita rapidez, fui, qual temerário, para o centro novamente! Tinha mais lugares à disposição mas já ninguém me tira dali! Esta aula o professor não tinha pedido nada de especial, pediu apenas que continuássemos o exercício da aula anterior, para quem não o tinha feito na totalidade, a mim faltou-me só colar! O meu burro estava lindo de morrer e portanto foi mesmo colar e voilá, exercício superado. O professor gostou muito e disse mesmo que era mesmo aquilo, que se me afastasse lia perfeitamente a silhueta do burro e se me aproximasse via com exactidão cada animal. Portanto considero que me portei bem até agora.
Claro que havia trabalhos muito minunciosos, de chinês mesmo, mas depois eram tão complexos que perdiam leitura. É a minha opinião. Considerando que estamos num curso de Ilustração infantil é bom começarmos a simplificar os meios. Os exercícios propostos têm sido muito curiosos, e percebo a razão de cada um existir, estes últimos com cartolinas foram interessantes porque nos obrigam a pensar nos traços que identificam cada animal pela silhueta visto que são recortes de cartolina, não devemos ter muitos pormenores! Ao mesmo tempo obriga-nos a pensar como encaixa-los uns nos outros até desenhar uma outra forma. Este exercício treina intensamente a nossa capacidade de síntese em conjunto com a capacidade criativa. Voltamo-nos só para o essencial e deixamos os tiques e truques que "trazemos de casa" no bolso das calças.
Como alguns de nós acabaram muito cedo o professor adiantou-se e lançou o novo exercício, mas agora não tínhamos animais! Os animais ficaram para a história, o que tínhamos que fazer agora era um livro pequeno com uma história. Regras para o livro:

A história- CAFÉ CENTRAL - Um homem vai a uma esplanada, senta-se, pede um café e vai-se embora.

(passado 1 minuto alguém pede para repetir para escrever num papel. Claro todos riram e o professor diz: sim sim, é melhor escreveres porque é mesmo complicado de apanhar...)

Dimensões- 8 rectângulos de 28x14 cm em que cada desenho agrupa dois rectângulos destes lado-a-lado.

Ocupação nos rectângulos- devemos fazer uma margem de 0,5 cm por uma razão óbvia, quando publicado as costuras retiram parte do desenho ao centro, por isso não deve ser ocupado.

Cores- utilizar novamente as cartolinas de cor, para treinarmos expressões e silhuetas de forma simples e eficaz. Cada elemento do desenho deve ter uma cor específica, sendo que devemos considerar apenas estes objectos: Café, a mesa, a cadeira, o homem e a chávena.

Pormenores- Evitá-los! Evitar usar chapéus de chuva outros personagens, árvores, etc. Evitar adereços, isso fica para depois, o que suscita que este trabalho vai passar por várias fases de desenvolvimento até ao produto mais trabalhado, com mais detalhes.

(claro que quando ouvi esta parte já estava lançado no desenvolvimento do meu personagem, um senhor curvado, triste, e sim...tinha chapéu! )

Depois de ouvirmos as premissas comecei a desenvolver o núcleo e perspectivas da minha história, a minha pequena história. Bem, para mim esta história tem que ser dramática.
As imagens têm que ser cinematográficas mas simples ao mesmo tempo, o personagem tem que ser identificável pela postura, e o fim de chorar baba e ranho! Sou eu...que hei-de fazer!?

os dois primeiros rectângulos: uma imagem rasteira, uma sombra no chão, a silhueta do meu personagem, o sr curvado.

o terceiro e quarto: uma mesa solta e longe da esplanada, o sr curvo aproxima-se dessa mesa.

o quinto e sexto: O sr curvo, de tão curvo que é, por pouco pega na chávena e bebe o seu café.

sétimo e oitavo: Uma imagem da chávena caída derramando o café sobre uma mesa redonda anuncia o fim. Não se vê o sr curvo.

Tenho imagens mas publico como T.P.C. porque apenas estudei em rectângulos pequenos e pouco se vê...

2 comentários:

Nihilistic Core disse...

ora toma la o meu primeiro comment aqui. tens mostrado aqui umas coisas muito docinhas sims r, mas sempre tveste queda para isto ;). agora tens mas e de ver se resolves essa questão dos horários, apesar de reconhecer que estás MUITO melhor! ahah!

joaopedromira disse...

ehheheh vá aparecendo Lorde da Kangoo... :D