nesta prisão
celas tortuosas
correntes de aproximação
aquela tensão...
descubro
num relógio parede onde escrevo o tempo
pensamentos exaltantes
memórias pétreas
amálgama
textos provocados
sobreposições contidas
verdades rendidas
a um beco de luz amarrada
sexta-feira, julho 29, 2005
pêra
Na mesa da satisfação
descasco uma pele de pêra
tiro-te a roupa
pausadamente
em tiras desenhadas de desejo
anseio
imagino
vejo
que afinal
abraçava a razão
a certeza
em poços de intuição
um precalço nascido em anos de guerras vividas
perdas sentidas
um aparelho
imagem formatada
desgaste urbano
mundo insano
mantido na juventude do século
renovámos o tempo
contrapusemos em amor
descasco uma pele de pêra
tiro-te a roupa
pausadamente
em tiras desenhadas de desejo
anseio
imagino
vejo
que afinal
abraçava a razão
a certeza
em poços de intuição
um precalço nascido em anos de guerras vividas
perdas sentidas
um aparelho
imagem formatada
desgaste urbano
mundo insano
mantido na juventude do século
renovámos o tempo
contrapusemos em amor
sábado, julho 23, 2005
fresta
Na ligeireza não da tua voz
abstracto extracto que não condiz
aceito
sem proveito
que tu foste-me sempre tangente
eu daqui
ali
e
acolá
ridicularizei-me sem pena.
à margem de mim,
desta sombra projectada
imagem pungente,
sobreviveu o insofrido.
Tudo o resto é zero.
abstracto extracto que não condiz
aceito
sem proveito
que tu foste-me sempre tangente
eu daqui
ali
e
acolá
ridicularizei-me sem pena.
à margem de mim,
desta sombra projectada
imagem pungente,
sobreviveu o insofrido.
Tudo o resto é zero.
quarta-feira, julho 20, 2005
segunda-feira, julho 18, 2005
domingo, julho 17, 2005
dupla traição...
Intro: B7M F7(4/9) E7(4/9)
A7M
Você chegou
G7(4/9) G7(9)
Você me viu
C7M(9) C6(9)
Você falou
F7M F#m7(b5)
Você me iludiu
B7(b9/#11) Em7(b5)
Me beijou
A7(b9/13) D7(4/9) G7(4/9) E7(b9/13)
E a---gora, amor?
A7M
Você dormiu
G7(4/9) G7(9)
Se re-----tirou
C7M(9) C6(9)
E eu fiquei
F7M F#m7(b5)
Você destruiu
B7(b9/#11) Em7(b5)
o que fez
A7(b9/13) D7(4/9) Db7(9/#11)
E a---gora, amor?
Cm7(9) F7(9) Bm7 Bbm7
Na mi--nha o----pi--nião
Eb7(4/9)
Isso é dupla tra---------ição
Eb7(9/#11) Abm7(9) Db7(4/9)
Se você não sabe pe--dir
Db7(b9) Gb7M Gb6
Perdão
B7M(9) F#m7(b5/9)
Volta que eu que----------ro morrer de alegria
Bb7(b9/13) Bb7(b9/b13) Dbm7(9) Gb7(4/9)
Depois agra--decer...
Gb7(b9) Cm7(b5) F7(b9) A#m7(b5) D#7(b9) Bm7(9) E7(9) AºA6 A7M Cm7(b5) F7(b9) A#m7(b5) D#7(b9) Bm7(9) E7(9)Aº A6 A7M
djavan-
acordes:
B7M - X 2 4 3 4 2
Eb7(9/#11) - X 6 5 6 6 5
F7(4/9) - X 8 X 8 8 6
Abm7(9) - 4 X X 4 7 6
E7(4/9) - X 7 X 7 7 5
Db7(4/9) - X 4 4 4 4 X
A7M - X 0 2 1 2 0
Db7(b9) - X 4 3 4 3 X
G7(4/9) - 3 X 3 2 1 X
Gb7M - 2 X 3 3 2 X
G7(9) - 3 X 3 2 0 X
Gb6 - 2 X 4 3 4 X
C7M(9) - X 3 2 4 3 X
B7M(9) - X 2 1 3 2 X
C6(9) - X 3 2 2 3 3
F#m7(b5/9) - X X 4 5 5 4
F7M - 1 X 2 2 1 0
Bb7(b9/13) - X 1 0 1 0 3
F#m7(b5) - 2 X 2 2 1 X
Bb7(b9/b13) - X 1 0 1 0 2
B7(b9/#11) - X 2 1 2 1 1
Dbm7(9) - X 4 2 4 4 X
Em7(b5) - X 7 X 7 8 6
Gb7(4/9) - X X 4 4 5 4
A7(b9/13) - X 0 5 6 7 6
Gb7(b9) - X X 4 3 5 3
D7(4/9) - X 5 5 5 5 X
Cm7(b5) - 8 X 8 8 7 X
E7(b9/13) - 0 2 3 1 2 0
F7(b9) - X 8 7 8 7 X
Db7(9/#11) - X 4 3 4 4 3
A#m7(b5) - 6 X 6 6 5
XCm7(9) - X 3 1 3 3 X
D#7(b9) - X 6 5 6 5 X
F7(9) - X X 3 2 4 3
Bm7(9) - X 2 0 2 2 X
Bm7 - 7 X 7 7 7 X
E7(9) - 0 X 4 1 3 X
Bbm7 - 6 X 6 6 6 X
Aº - X 0 4 5 4 X
Eb7(4/9) - X 6 X 6 6 4
A6 - X 0 4 5 6 X
...doidice
(...)
E eu pensando em ti
Me apaixonei?
Talvez,
pode ser
Enlouqueci ?
Não sei, nunca vi
Preciso sair
Depois que eu descobri que há você
Nunca mais existi...
djavan
E eu pensando em ti
Me apaixonei?
Talvez,
pode ser
Enlouqueci ?
Não sei, nunca vi
Preciso sair
Depois que eu descobri que há você
Nunca mais existi...
djavan
eu te devoro...
Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro, te devoraria...
A qualquer preço porque te ignoro ou te conheço
quando chove ou quando faz frio
(...)
Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti jogado à solidão
Mas se quer saber se eu quero outra vida... Não...não
Eu quero mesmo é viver, pra esperar, esperar
Devorar você...
Djavan
por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro, te devoraria...
A qualquer preço porque te ignoro ou te conheço
quando chove ou quando faz frio
(...)
Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu
Sem contar os dias que me faz morrer
Sem saber de ti jogado à solidão
Mas se quer saber se eu quero outra vida... Não...não
Eu quero mesmo é viver, pra esperar, esperar
Devorar você...
Djavan
sabrina...
nome de filme, nome estranho, nome de olhos azuis
nome de paixão imediata, nome de cabelos macios, nome de arrepio, nome de lamego, apenas um nome...
nome de paixão imediata, nome de cabelos macios, nome de arrepio, nome de lamego, apenas um nome...
sábado, julho 16, 2005
A escrava
ontem, quando senti a noite, segurei os teus dedos.
a tua pele nua não pode ser igual à minha memória.
ontem à noite, imaginei que segurei os teus dedos.
Os teus cabelos talvez possam ser beijados.os teus
lábios existem. ontem , ao ver-te, descobri que não
aprendi nada quando corri o mundo.o que é um olhar?
existe sempre ontem na memória que me enche de
sonhos.os teus dedos tocam-me dentro dos sonhos.
nos teus lábios, imagino beijos. perdi-me no mundo.
no mundo, há jardins e palácios onde nunca entrarás.
és demasiado bela para o mundo. não te conheço.
quando entras para me sevir , não te conheço
ontem, esqueci todas as respostas: os teus dedos,
a tua pele e a memória. os teus cabelos, os teus lábios
e os sonhos. ontem, deixei de saber o qúe é um olhar.
josé luís peixoto
a tua pele nua não pode ser igual à minha memória.
ontem à noite, imaginei que segurei os teus dedos.
Os teus cabelos talvez possam ser beijados.os teus
lábios existem. ontem , ao ver-te, descobri que não
aprendi nada quando corri o mundo.o que é um olhar?
existe sempre ontem na memória que me enche de
sonhos.os teus dedos tocam-me dentro dos sonhos.
nos teus lábios, imagino beijos. perdi-me no mundo.
no mundo, há jardins e palácios onde nunca entrarás.
és demasiado bela para o mundo. não te conheço.
quando entras para me sevir , não te conheço
ontem, esqueci todas as respostas: os teus dedos,
a tua pele e a memória. os teus cabelos, os teus lábios
e os sonhos. ontem, deixei de saber o qúe é um olhar.
josé luís peixoto
sexta-feira, julho 15, 2005
calor
olhava pela janela fora
o lápis fugia-me em tempos de calor
ideias em sufoco
paixões soporativas
adormeci lentamente
no sofá desalinhado
escorrem-me suores acelerados
a ventoinha ruidosa acordava-me
acordaste-me
tocaste-me
trouxeste-me sem realidade
pensamento perdeu-se em grãos finos de areia
e eu a querer recomeçar
partir novamente
retemperar forças
sonhar-te
em sublimes tempestades
chuvas calmantes
que me encham o cantil
da minha viagem de dunas ocultas
nas saliências do teu corpo sem nome
o lápis fugia-me em tempos de calor
ideias em sufoco
paixões soporativas
adormeci lentamente
no sofá desalinhado
escorrem-me suores acelerados
a ventoinha ruidosa acordava-me
acordaste-me
tocaste-me
trouxeste-me sem realidade
pensamento perdeu-se em grãos finos de areia
e eu a querer recomeçar
partir novamente
retemperar forças
sonhar-te
em sublimes tempestades
chuvas calmantes
que me encham o cantil
da minha viagem de dunas ocultas
nas saliências do teu corpo sem nome
arriscar
arrisco
corro o risco
risco-te
sem querer riscar
marcador preto riscado
controlo de quem risca
sem arriscar
riscar-te
corro o risco
risco-te
sem querer riscar
marcador preto riscado
controlo de quem risca
sem arriscar
riscar-te
om...
Eu já nem sei quem sou
tão dedicado a ti
um cobertor pro frio
queria ser teu "om"
viver grudado, sim
sempre ali, sempre ali
não sou nada indelével
sou instável como a cidade
mas carrego pau e pedra
só para ver-te mais à vontade
sem o mar a cobrir-te de sombras ou cores
livre pra amores desses que vêm e vão
sob o bronze da noite onde o mais são estrelas
todas ali para vê-la como fazer com os homens
ah! você que nasceu com o leito pro rio
que desafio querer-te acompanhar!...
djavan
a música que não me canso de ouvir(moderadamente claro) neste último mês.
tão dedicado a ti
um cobertor pro frio
queria ser teu "om"
viver grudado, sim
sempre ali, sempre ali
não sou nada indelével
sou instável como a cidade
mas carrego pau e pedra
só para ver-te mais à vontade
sem o mar a cobrir-te de sombras ou cores
livre pra amores desses que vêm e vão
sob o bronze da noite onde o mais são estrelas
todas ali para vê-la como fazer com os homens
ah! você que nasceu com o leito pro rio
que desafio querer-te acompanhar!...
djavan
a música que não me canso de ouvir(moderadamente claro) neste último mês.
quinta-feira, julho 14, 2005
hoje vi um documentário...
hoje vi um documentário da estella warren.
enfim, bonitinha é certo.
já vinha a dizê-lo há já algum tempo atrás
agora...documentário?
uhm...
Isto anda mesmo tudo ao contrário!!
enfim, bonitinha é certo.
já vinha a dizê-lo há já algum tempo atrás
agora...documentário?
uhm...
Isto anda mesmo tudo ao contrário!!
terça-feira, julho 12, 2005
Espelho meu
Uma nova exposição temporária encontra-se presente no C.C.B desde o dia 1 do mês de julho e estará a deliciar o público, com memórias antigas e presentes, até ao dia 28 do próximo mês( Agosto).
A exposição aberta ao público no passado dia 1 mostra com alguma "eloquência" as voltas de um país de remendos históricos e de coragem sobrevivente.
A mostra pretende reunir a visão do olho clínico fotográfico ao longo deste anos de formação da democracia Portuguesa e toda as suas contradições de um povo ainda ignorante.
É com alguma ternura que no meio das imagens ditas fotos que temos oportunidade de ver um documentário sobre estas pessoas que vêem o país presente à distância da lingua e da cultura.
O estreitar de relações entre a realidade portuguesa foi inevitável.
E é notório que a dita Revolução não passou despercebida ao resto do mundo tornando-a ,por vezes, quase risível mas aproveitada por fotógrafos jovens acabados de sair da universidade cheios de nervo no corpo com vontade e sem receio de enfrentar o mundo. Repórteres sem medo, sem fronteiras.
A exposição aberta ao público no passado dia 1 mostra com alguma "eloquência" as voltas de um país de remendos históricos e de coragem sobrevivente.
A mostra pretende reunir a visão do olho clínico fotográfico ao longo deste anos de formação da democracia Portuguesa e toda as suas contradições de um povo ainda ignorante.
É com alguma ternura que no meio das imagens ditas fotos que temos oportunidade de ver um documentário sobre estas pessoas que vêem o país presente à distância da lingua e da cultura.
O estreitar de relações entre a realidade portuguesa foi inevitável.
E é notório que a dita Revolução não passou despercebida ao resto do mundo tornando-a ,por vezes, quase risível mas aproveitada por fotógrafos jovens acabados de sair da universidade cheios de nervo no corpo com vontade e sem receio de enfrentar o mundo. Repórteres sem medo, sem fronteiras.
segunda-feira, julho 11, 2005
desenho ou esquisso?
Haverá diferença nestes dois tipos de instrumento que nos acodem em instantes de prazer?
o imediatismo do esquisso é mais honesto, verdadeiro. Não temo a lentidão do desenho mas, de facto, não nos podemos remeter ao sufoco do desenho pausado e delicado.
O esquisso é voraz, segue o pensamento em velocidade aberta acelerada, sem parar.Sem compasso nem espera o esquisso é o instante do pensamento que não nos detém, momento único de ideia que flui. O cérebro incorporado na mão; ali naquele microsegundo, e já está.
O esquisso é uma página de livro de memórias rápidas que nos habitam diariamente e nos percorrem. É o senhor que tropeça numa multidão de gente e de repente vê-se sozinho num maciço preto riscado ou cinzento quando se afasta deixando o corpo nos momentos da não ocupação da caneta de tinta preta.Nessa tangência, onde corpo é branco e multidão é pez perfurado, negro riscado , a envolvência daquela imagem é tornada exponencialmente bela e expressiva. A matéria tem corpo assim como a não matéria, o volume de multiplicação da sensação onde a não evidência é tornada inteligível ao sabor da sensibilidade.O desenho é um momento de prazer contido, demorado. perde as qualidades do detalhe do "frame" continuado que passa e não pára para a desenharmos na sua forma e não a esquissarmos no seu conteúdo.Nesse pequeno caderno sem margens onde o esquisso acaba na mesa do lado, não mente a minha cabeça ao continuar a mandar informação para uma mão de rigor sensorial. Nesta capacidade obsidiante falo com a extremidade de uma caneta escolhida ao acaso estendida inclinada sobre a página virgem pouco riscada no momento exacto da diferença, contrapondo ou justificando o preto riscado e o branco fundo cor de papel.Onde a folha suporte tem um papel fundamental na captação momentânea e explosiva de segundos vejo no sujo indelicadeza e rudeza a volumetria pétrea preta da ideia.
É aí, nessa reflexão devoradora, que acontece ideia de projecto e não na curteza do não pensamento tornado em pele frágil pueril desenhada.
o imediatismo do esquisso é mais honesto, verdadeiro. Não temo a lentidão do desenho mas, de facto, não nos podemos remeter ao sufoco do desenho pausado e delicado.
O esquisso é voraz, segue o pensamento em velocidade aberta acelerada, sem parar.Sem compasso nem espera o esquisso é o instante do pensamento que não nos detém, momento único de ideia que flui. O cérebro incorporado na mão; ali naquele microsegundo, e já está.
O esquisso é uma página de livro de memórias rápidas que nos habitam diariamente e nos percorrem. É o senhor que tropeça numa multidão de gente e de repente vê-se sozinho num maciço preto riscado ou cinzento quando se afasta deixando o corpo nos momentos da não ocupação da caneta de tinta preta.Nessa tangência, onde corpo é branco e multidão é pez perfurado, negro riscado , a envolvência daquela imagem é tornada exponencialmente bela e expressiva. A matéria tem corpo assim como a não matéria, o volume de multiplicação da sensação onde a não evidência é tornada inteligível ao sabor da sensibilidade.O desenho é um momento de prazer contido, demorado. perde as qualidades do detalhe do "frame" continuado que passa e não pára para a desenharmos na sua forma e não a esquissarmos no seu conteúdo.Nesse pequeno caderno sem margens onde o esquisso acaba na mesa do lado, não mente a minha cabeça ao continuar a mandar informação para uma mão de rigor sensorial. Nesta capacidade obsidiante falo com a extremidade de uma caneta escolhida ao acaso estendida inclinada sobre a página virgem pouco riscada no momento exacto da diferença, contrapondo ou justificando o preto riscado e o branco fundo cor de papel.Onde a folha suporte tem um papel fundamental na captação momentânea e explosiva de segundos vejo no sujo indelicadeza e rudeza a volumetria pétrea preta da ideia.
É aí, nessa reflexão devoradora, que acontece ideia de projecto e não na curteza do não pensamento tornado em pele frágil pueril desenhada.
nem um dia
"Um dia frio
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivoUm dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em vocêE tudo me divide"...
djavan
Um bom lugar prá ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivoUm dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em vocêE tudo me divide"...
djavan
Volúpia
Tinha sido talvez o tempo em que a rapariga de aparência divina tocara meu corpo com os seus longos finos dedos.Ela sorria mostrando nos dentes a perfeição.
De alma devastada, solidária, o rapaz chegara à margem do seu precipício sem nada entender. Digamos que era belo, assim ignorante. Ao tempo eu dizia: Matar-me-ás com beleza, beleza. Assim definia o amor. Voltávamos à volúpia de sermos sós, ao luxo. Esse corpo fora a presença animal de diferença e ambiguidade. A música, extrema paixão, origem de violentas emoções.
Isabel de Sá
De alma devastada, solidária, o rapaz chegara à margem do seu precipício sem nada entender. Digamos que era belo, assim ignorante. Ao tempo eu dizia: Matar-me-ás com beleza, beleza. Assim definia o amor. Voltávamos à volúpia de sermos sós, ao luxo. Esse corpo fora a presença animal de diferença e ambiguidade. A música, extrema paixão, origem de violentas emoções.
Isabel de Sá
domingo, julho 10, 2005
tom
oiço o músico a tocar numa noite sem ti
joão castilho numa envolvência total
a soltar a dinâmica vocal
de um djavan ímpar
que toca as letras com a voz
que tocam todos nós
toda a multidão
que o encerra
num movimento ileso
de dom incontido
génio revelado
pureza na voz
e de repente
a sós
como fosse o único
o último a sair
o arquitecto do som
artista plástico na guitarra
que se movimenta em expressionismo abstracto
e cospe vértices de prazer
joão castilho numa envolvência total
a soltar a dinâmica vocal
de um djavan ímpar
que toca as letras com a voz
que tocam todos nós
toda a multidão
que o encerra
num movimento ileso
de dom incontido
génio revelado
pureza na voz
e de repente
a sós
como fosse o único
o último a sair
o arquitecto do som
artista plástico na guitarra
que se movimenta em expressionismo abstracto
e cospe vértices de prazer
geometria
quando visitei o teu lugar
pensei que era intruso
uma sombra chinesa
por detrás do biombo
que me separas
e observas
todos os movimentos
os meus
e nem retribuis
mas isso já não me magoa
não mostras a tua feição
mas eu não a esqueço
perco
memória imanente
resistente
tu
és irresoluta
e na geometria arte do contorno dos teus olhos adoptivos
adapto-me
remeto-me em espera
pensei que era intruso
uma sombra chinesa
por detrás do biombo
que me separas
e observas
todos os movimentos
os meus
e nem retribuis
mas isso já não me magoa
não mostras a tua feição
mas eu não a esqueço
perco
memória imanente
resistente
tu
és irresoluta
e na geometria arte do contorno dos teus olhos adoptivos
adapto-me
remeto-me em espera
sábado, julho 09, 2005
noite
em noite de lua presente
naquela que te observo
tranquilidade de ver
a luz circular do comboio parado
que redefine o horizonte
em névoas vapor que se dissipam
e deixam ver
para lá do carril
que tu és linha que me atravessa
guia
perfura
alcança
além de mim
onde guardo o que sou
para trás do meu corpo
num saco sem mentiras
omissões
nem perdões
no dia que me encontrares
já não será noite.
naquela que te observo
tranquilidade de ver
a luz circular do comboio parado
que redefine o horizonte
em névoas vapor que se dissipam
e deixam ver
para lá do carril
que tu és linha que me atravessa
guia
perfura
alcança
além de mim
onde guardo o que sou
para trás do meu corpo
num saco sem mentiras
omissões
nem perdões
no dia que me encontrares
já não será noite.
quinta-feira, julho 07, 2005
das duas uma...
...ou paro de escrever ou apago tudo!
solução escrever aquilo que não gosto.
Base de experimentação.
enfim, tem sido mais ou menos isto o que me leva a continuar a escrever.
faz-me confusão a tragédia da caneta sem tinta.
preciso de escrever em papel.
aqui mantenho uma plataforma experimental e ponto.
não dá, não quero, nem pretendo mostar o que tenho.
isto serve para explodir um pouco.
digamos que sinceros mas pouco interessantes.
demasiadamente mal pensados.
não dá para prosseguir o ritmo do desejável.
adiante...logo se verá.
solução escrever aquilo que não gosto.
Base de experimentação.
enfim, tem sido mais ou menos isto o que me leva a continuar a escrever.
faz-me confusão a tragédia da caneta sem tinta.
preciso de escrever em papel.
aqui mantenho uma plataforma experimental e ponto.
não dá, não quero, nem pretendo mostar o que tenho.
isto serve para explodir um pouco.
digamos que sinceros mas pouco interessantes.
demasiadamente mal pensados.
não dá para prosseguir o ritmo do desejável.
adiante...logo se verá.
variar
hoje almoçei divinalmente.
sozinho
o que ajuda
paguei uma pipa de massa mas: "What the hell"
que se lixe.
já começa a ser hábito.
qualquer dia paga-se imposto para ter silêncio!!!
NÃO!!!
e depois?
como seria?
uhm...não dava!
ía preso por incumprimento!!
ía fazer ser serviço comunitário para toda a vida porque não a admito sem momentos de pura relaxação e silêncio quase absolutos...
"for relaxing times drink Santoro" KATO, KATO, KATO lindo!!
sozinho
o que ajuda
paguei uma pipa de massa mas: "What the hell"
que se lixe.
já começa a ser hábito.
qualquer dia paga-se imposto para ter silêncio!!!
NÃO!!!
e depois?
como seria?
uhm...não dava!
ía preso por incumprimento!!
ía fazer ser serviço comunitário para toda a vida porque não a admito sem momentos de pura relaxação e silêncio quase absolutos...
"for relaxing times drink Santoro" KATO, KATO, KATO lindo!!
...
a parte da pintura é tenebrosa!!
acho que ou as massagens que dá sempre jeito ou escrita criativa, que deve ser tudo menos isso!até aposto.tenho que investigar!!
ahh e há também land art que tem a grande vantagem de ser exterior...
acho que ou as massagens que dá sempre jeito ou escrita criativa, que deve ser tudo menos isso!até aposto.tenho que investigar!!
ahh e há também land art que tem a grande vantagem de ser exterior...
Next_art
não parece mal
workshops durante o verão...
Pintura
Desenho
Escrita criativa
mas o melhor é mesmo:
massagem chinesa e Chi kung!! aH pois
www.next-art.net
workshops durante o verão...
Pintura
Desenho
Escrita criativa
mas o melhor é mesmo:
massagem chinesa e Chi kung!! aH pois
www.next-art.net
quarta-feira, julho 06, 2005
a m o . t e
hoje li um livro, cujo autor recordo mas não digo, em que a palavra amor é dita sem medo.
Existe ali naquele espaço como poderia ter sido dita hoje, à tarde, em frente da porta da rapariga;a tal.
Gostei da liberdade com que o disse, ou escreveu.
gostei da força que moveu a palavra antecipada. e os gestos que a precederam
não tinha texto sem paixão.
não tinha palavras mal escolhidas, encolhidas ou não sentidas.
E era só aquilo.
A palavra Amor é tão bela quanto o seu significado.
mas o significado anda arrastada agarrada à pele inverídica?
Existe ali naquele espaço como poderia ter sido dita hoje, à tarde, em frente da porta da rapariga;a tal.
Gostei da liberdade com que o disse, ou escreveu.
gostei da força que moveu a palavra antecipada. e os gestos que a precederam
não tinha texto sem paixão.
não tinha palavras mal escolhidas, encolhidas ou não sentidas.
E era só aquilo.
A palavra Amor é tão bela quanto o seu significado.
mas o significado anda arrastada agarrada à pele inverídica?
significar
precisamos de significar a vida
sempre
tudo
seja idiota ou não
e damos-lhe um nome
nomes
sem significado
aparente
e assim passamos à próxima questão
tudo muito simples
a soma destes acontecimentos é que saturam os cérebros menos preparados
sempre
tudo
seja idiota ou não
e damos-lhe um nome
nomes
sem significado
aparente
e assim passamos à próxima questão
tudo muito simples
a soma destes acontecimentos é que saturam os cérebros menos preparados
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